Meirelles pede a empresários reação rápida como a do governo
“Acho que está na hora de investir. O Brasil mostrou que tem condições de sair da crise, de crescer e está crescendo de forma sustentada.', completou o presidente do Banco Central
Publicado 15/09/2009 - 12h50
Henrique Meirelles fala durante a reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Foto: Wilson Dias/ABr)
Brasília – Assim como o governo teve uma ação rápida no enfrentamento da crise financeira internacional, os empresários também devem voltar a investir rapidamente. Essa é a avaliação do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, que participa da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Para Meirelles, os empresários não devem esperar mais evidências de retomada da atividade econômica. “Acho que está na hora de investir. O Brasil mostrou que tem condições de sair da crise, de crescer e está crescendo de forma sustentada. É importante manter as condições para continuar a crescer. Para isso, é importante que os empresários também tenham uma ação rápida de voltar a investir.”
O presidente do BC disse ainda que, além de o governo ter agido rapidamente, a sequência de ações foi adequada. Ele citou como exemplo o fato de o Brasil ter sido o primeiro a anunciar empréstimos com recursos das reservas internacionais. “O enfrentamento é como de um ataque cardíaco, tem que ser feito rapidamente e na hora certa.”
>> Ministro diz que proposta de taxar poupança com mais de R$ 50 mil atende à realidade
>> “Saímos da crise de cabeça erguida”, comemora Mantega
>> Lula comemora economia e diz que Brasil estava preparado
>> Mantega diz que economia vai crescer de 2% a 3% no 3º trimestre
Meirelles afirmou também que o Brasil tem mecanismos automáticos de saída dos estímulos, independentemente dos que precisam ser mantidos. Ele lembrou que dos US$ 24,5 bilhões em linhas de crédito para as empresas criadas por medidas do BC, US$ 21,1 bilhões já retornaram “voluntariamente” às reservas internacionais. E dos US$ 14,5 bilhões de vendas de dólares no mercado à vista, US$ 11,5 bilhões retornaram.
Segundo o presidente do Banco Central, a partir do momento em que os mercados de crédito já estavam funcionando melhor, foram feitos estímulos fiscais e monetários (reduções da taxa básica de juros, a Selic). Para Meirelles, há uma tendência histórica nos últimos anos de queda dos juros básicos, em função da estabilização da economia brasileira.
Fonte: Agência Brasil