Meirelles pede a empresários reação rápida como a do governo

“Acho que está na hora de investir. O Brasil mostrou que tem condições de sair da crise, de crescer e está crescendo de forma sustentada.', completou o presidente do Banco Central

Henrique Meirelles fala durante a reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Foto: Wilson Dias/ABr)

Brasília – Assim como o governo teve uma ação rápida no enfrentamento da crise financeira internacional, os empresários também devem voltar a investir rapidamente. Essa é a avaliação do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, que participa da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Para Meirelles, os empresários não devem esperar mais evidências de retomada da atividade econômica. “Acho que está na hora de investir. O Brasil mostrou que tem condições de sair da crise, de crescer e está crescendo de forma sustentada. É importante manter as condições para continuar a crescer. Para isso, é importante que os empresários também tenham uma ação rápida de voltar a investir.”

O presidente do BC disse ainda que, além de o governo ter agido rapidamente, a sequência de ações foi adequada. Ele citou como exemplo o fato de o Brasil ter sido o primeiro a anunciar empréstimos com recursos das reservas internacionais. “O enfrentamento é como de um ataque cardíaco, tem que ser feito rapidamente e na hora certa.”

Meirelles afirmou também que o Brasil tem mecanismos automáticos de saída dos estímulos, independentemente dos que precisam ser mantidos. Ele lembrou que dos US$ 24,5 bilhões em linhas de crédito para as empresas criadas por medidas do BC, US$ 21,1 bilhões já retornaram “voluntariamente” às reservas internacionais. E dos US$ 14,5 bilhões de vendas de dólares no mercado à vista, US$ 11,5 bilhões retornaram.

Segundo o presidente do Banco Central, a partir do momento em que os mercados de crédito já estavam funcionando melhor, foram feitos estímulos fiscais e monetários (reduções da taxa básica de juros, a Selic). Para Meirelles, há uma tendência histórica nos últimos anos de queda dos juros básicos, em função da estabilização da economia brasileira.

Fonte: Agência Brasil