Poupança da Caixa tem R$ 101 bilhões de saldo até metade do mês

De janeiro até a primeira quinzena de julho, foram abertas 1,8 milhão de novas cadernetas, passando para 37,9 milhões de contas

(Foto: Mauricio Morais/SeebSP)

Brasília – A Caixa Econômica Federal registrou R$ 101 bilhões no saldo na caderneta de poupança em 16 de julho, informou nesta quinta-feira (23) a instituição financeira. O valor representa um crescimento de 19,67% em relação ao mesmo período do ano passado, quando chegou a R$ 84,4 bilhões.

Segundo a Caixa, a captação líquida positiva (saldo de depósitos menos retiradas) da instituição neste ano (R$ 5,2 bilhões). Desse total, 60,41% são de clientes com renda de até dois salários mínimos.

A poupança é uma fonte de recursos para habitação no país. Somente com recursos da carteira de poupança, a Caixa já emprestou neste ano R$ 10,46 bilhões, dentro da modalidade Carta de Crédito SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). O montante foi o suficiente para atender mais de 239 mil famílias.

De acordo com o banco, de janeiro até a primeira quinzena de julho, foram abertas 1,8 milhão de novas cadernetas, passando para 37,9 milhões de contas. A Caixa abre em média 300 mil contas por mês.

Segundo a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, o que torna a poupança atrativa, além da tradição e segurança é a remuneração dos saldos (Taxa Referencial mais 6% ao ano), que não sofre tributação.

“A atratividade da aplicação está principalmente na facilidade de acesso e nos benefícios que oferece. O produto é isento de tarifa de manutenção e não possui valor mínimo para sua abertura. São aceitos depósitos em qualquer dia do mês e não há incidência de IRPF”, destaca.

No dia 13 de maio deste ano, o governo anunciou uma medida para evitar a migração de recursos dos fundos de investimento para a caderneta de poupança. Isso porque com as reduções da taxa básica de juros, que remunera títulos públicos integrantes da cesta de aplicações dos fundos de investimentos, a poupança tem se tornado mais atrativa.

Os aplicadores em fundos pagam taxa de administração e Imposto de Renda e os bancos estabelecem valor mínimo de aplicação. O temor do governo é que o Tesouro Nacional tenha dificuldades de vender os títulos e, por conseqüência, de rolar a dívida pública.

Pela nova regra para a poupança, será descontado Imposto de Renda do rendimento sobre o valor que exceder R$ 50 mil. Entretanto, o governo ainda não enviou a proposta de mudança para análise do Congresso Nacional.

Fonte: Agência Brasil