Demanda global por energia subirá 44% até 2030, segundo AIE

Agência norte-americana diz que procura por petróleo continuará importante e prevê alta nas próximas décadas

Washington (Reuters) – A demanda global por energia deve saltar 44% nas próximas duas décadas, com o petróleo ainda respondendo pela maior fatia do mix de energia do mundo, afirmou na quarta-feira (26) a Administração de Informação de Energia (AIE), agência do governo dos Estados Unidos.

“A atual contração econômica mundial reduz a demanda mundial por energia no curto prazo, já que a demanda do consumidor e do setor manufatureiro por bens e serviços desacelera”, disse a AIE em sua nova estimativa até o ano 2030.

“No prazo mais longo, com recuperação econômica prevista após 2010, a maioria dos países volta para a tendência de crescimento na receita e demanda energética”, disse a AIE.

Conforme as economias mundiais se recuperam, o preço do petróleo fará o mesmo. A estimativa é de que os custos do petróleo nos EUA subam de uma média de US$ 61 o barril neste ano para US$ 110 em 2015 e US$ 130 em 2030, disse a agência.

A demanda global por petróleo deve atingir 107 milhões de barris por dia nas próximas duas décadas, ante cerca de 84 milhões de bpd neste ano e respondendo por 32 por cento da oferta mundial de energia até 2030.

Quase 75% do aumento esperado na demanda global até 2030 virá de países em desenvolvimento, particularmente Brasil, China, Índia e Rússia, completou a agência. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continuará a fornecer 40% da oferta de petróleo do mundo durante o período.

Biocombustíveis, incluindo etanol e biodiesel, devem atingir 5,9 milhões de bpd até 2030.

A AIE explicou que sua estimativa a longo prazo não reflete qualquer esforço que os EUA possa fazer para cortar as emissões de gás do efeito estufa ou um novo acordo internacional para reduzir os gases do efeito estufa. Tais planos afetam o mix global de energia.

Se as leis e políticas sobre mudança climática não mudarem, as emissões de dióxido de carbono relacionadas a energia subirão um terço, para 40 bilhões de toneladas métricas por ano, disse a agência.

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