Bolsa veneno

STF adia julgamento de ação contra incentivos fiscais aos agrotóxicos

Posse da presidenta do TST motivou mudanças na agenda. Ainda não há nova data para julgar ilegalidade da bolsa-veneno

Arquivo/EBC
Arquivo/EBC

São Paulo – A cerimônia de posse da ministra Cristina Peduzzi como presidenta do Tribunal Superior do Trabalho (TST), na tarde de hoje (19), caiu como uma luva. O argumento serviu ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, para adiar a decisão da Corte sobre os incentivos tributários concedidos aos agrotóxicos, a chamada bolsa-veneno.

A agenda previa a leitura, no período da tarde do relatório do ministro Luiz Fachin sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.553, protocolada pelo Psol em 2016. Ainda não foi definida nova data.

A ação questiona dois artigos do Convênio 100 ICMS/1997, que reduzem em 60% a base de cálculo das alíquotas nas vendas de agrotóxicos para outros estados. E de 60% até 100% em vendas no âmbito estadual. Isso equivale a uma alíquota de 2,8% nas vendas destinadas aos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 4,8% nas operações destinadas aos estados do Sul e Sudeste. A isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre alguns produtos também é questionada na ação.

Os ministros do STF foram pressionados nos últimos dias, quando a mídia independente publicou uma série de reportagens com novos dados sobre a dimensão dos incentivos e seus impactos sobre os estados, que têm no ICMS sua principal fonte de tributos. Do lado da indústria, a pressão não deve ter sido menor.

Confira algumas reações ao adiamento do julgamento:


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