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‘É Tudo Verdade’ estreia documentário que resgata vida e obra de Belchior

“Belchior: apenas um coração selvagem” terá sessões simultâneas presenciais em São Paulo e no Rio, além de duas exibições on-line

Divulgação
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"Aprendemos com Belchior, este artista único da Música Popular Brasileira, sobre a força de sua presença, mesmo diante de sua ausência", afirma a diretora

São Paulo – Um dos destaques da edição 2022 do festival de documentários “É Tudo Verdade” estreia amanhã (7), com “Belchior: Apenas um coração selvagem” (2022), de Camilo Cavalcanti e Natália Dias. O longa será exibido em sessões simultâneas, tanto on-line quanto presencial. Em São Paulo, o Espaço Itaú Augusta exibe o longa às 20h. O Espaço Itaú Botafogo, no Rio de Janeiro, também conta com exibição no mesmo horário. Já no modelo on-line, o filme estará disponível às 21h na plataforma É Tudo Verdade Play, com limite de 1.800 visualizações.

Haverá ainda uma sessão extra on-line na sexta-feira (8), às 13h, com limite de 200 exibições. No mesmo dia, às 15h, a equipe do filme participa de um debate no canal do evento no YouTube. “Nosso foco sempre foi a palavra, a construção de uma poesia afiada, a força das mensagens, a atemporalidade dos versos. Fomos conduzidos por esse personagem complexo e contraditório no processo de descoberta do filme”, afirma o diretor Camilo Cavalcanti.

O documentário começou a ser rodado em 2016, quando Belchior estava vivo. Cavalcanti explica que a obra tem relação com o “desaparecimento” do cantor durante anos. “Nosso filme começa em 2016, com Belchior ainda vivo. Um desejo que nasce junto ao grito ‘Volta, Belchior!’, movimento que, para além da internet, já estampava os muros do país. Atravessados por essa obra potente, decidimos mergulhar”, conta.

A poesia de Belchior

“No momento de sua morte, naquele dia fatídico em 2017, decidimos que o projeto merecia e deveria seguir. Cresceu em nós a certeza da importância de seguirmos mergulhados nesta obra pulsante e atemporal. Aprendemos com Belchior, este artista único da Música Popular Brasileira, sobre a força de sua presença, mesmo diante de sua ausência. E estrear no É Tudo Verdade, o festival de documentários mais importante do país, representa a coroação dessa jornada e o reconhecimento da obra do eterno rapaz latino-americano”, completa a diretora Natália.

O documentário é contado em primeira pessoa e apresenta imagens de arquivo e depoimentos de diferentes momentos da carreira de Belchior. Outro ponto que compõe a estrutura do filme é a presença do ator Silverio Pereira (o Lunga, de Bacurau). Ele apresenta e declama poemas e outras obras do cantor.

“Nosso desejo era trazer a palavra do Belchior através de pessoas que tivessem alguma ligação com o artista, ou algum atravessamento pela sua obra. Sempre pensamos no Silvero como uma dessas pessoas por toda sua força como artista, por ser também cearense e trazer muitos signos presentes na poesia de Belchior. Silvero abraçou a ideia imediatamente, disse que se sentia parte da poesia cantada pelo Belchior. Que muitas das músicas poderiam falar de sua vida e trajetória artística”, lembra Natália.

O festival nacional de documentários É Tudo Verdade começou no dia 6 deste mês e vai até domingo (10). Clique aqui para conferir a programação completa.


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