CULTURA PERIFÉRICA

Festival ‘Juventudes nas Cidades’ reúne jovens negros em defesa da inclusão econômica

Evento tem início nesta sexta-feira (14) com a ideia de fortalecer e capacitar a juventude periférica

Marcelo Camargo / ABr
Marcelo Camargo / ABr
Festival busca enfrentar as desigualdades no espaço urbano, promover os direitos das juventudes e fortalecer a capacidade de jovens de exercer o direito à cidade

São Paulo – A Oxfam Brasil promove, a partir desta sexta-feira (14), o 1º Festival Juventudes nas Cidades, que reunirá 24 atrações de arte e cultura, apresentadas por jovens do Distrito Federal, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. O evento vai até este sábado (15) e busca contribuir para a inclusão econômica da juventude negra das periferias.

O festival, realizado em conjunto com Ação Educativa, Criola, Fase, Ibase, Inesc e Instituto Pólis, busca enfrentar as desigualdades no espaço urbano, promover os direitos das juventudes e fortalecer a capacidade de jovens e coletivos de periferias urbanas e favelas de exercer seu “Direito à Cidade” e identificar alternativas de inclusão econômica.

O Festival Juventudes nas Cidades tem uma programação de cinco horas ao dia, com a exibição de vídeos, palestras, oficinas, shows, performances e contação de histórias, além de exposição interativa. A curadoria é do Instituto Afrolatinas.

Juventude em pauta

O projeto reúne jovens e coletivos de regiões distintas do país para promover intercâmbios, atividades formativas, assessorias técnicas, atividades autogestionadas, eventos públicos, mobilização para processos de incidência política e ações articuladas.

De acordo com Dyarley Viana, assessora técnica do Inesc e educadora do projeto, muitos jovens artistas que ganhavam seu sustento na rua, agora ocupam também o espaço digital, aprendendo a trabalhar com novas ferramentas. “Hoje eles trazem sua forma de denúncia e de afirmação, garantindo seu espaço de liberdade com muita coragem e criatividade. A juventude está antenada ao processo de luta e luto que estamos vivendo no nosso país; eles se organizam para criar memória de quem já foi e também gerar alegria para quem segue aqui respirando ”, afirmou.

O projeto reúne jovens e coletivos de regiões distintas do país para promover intercâmbios, atividades formativas, assessorias técnicas, atividades autogestionadas, entre outros assuntos / Divulgação

Hoje, o festival terá oficinas sobre maquiagem drag, plataformas digitais, elaboração de podcasts, além do show da cantor de R&B Talíz. Já amanhã, haverá debates sobre assuntos relacionados à mulher negra, como dança e recital de poesia. Nos dois dias, o evento começa às 19h30.

A assistente de direção do Inesc, Marcela Coelho, afirma que a proposta de transmissão pela nova plataforma inova não só a forma do artista se apresentar, mas, principalmente, a forma do público assistir. “Não há muitas ofertas para trabalhar na área de eventos de forma diferente, o festival vem em um formato para mudar o que já tem.”

O festival é gratuito e aberto ao público em geral. As inscrições podem ser feitas neste site.