Cultura e ciência

Alter do Chão, Pará. Cinco dias de cinema e debate, com Raoni, Aldir Blanc e Cacá Diegues

Segunda edição do festival, desta vez on-line, teve mais de 2 mil filmes inscritos, de 105 países. Cinema, cultura e ciência em prol da Amazônia e suas etnias

Fotos Locca Faria
Fotos Locca Faria
Primeira edição do Fest Alter, em 2019, ocupou o vilarejo de Santarém. Desta vez, evento erá virtual

São Paulo – Com depoimento do cacique Raoni, mostra de flmes de Cacá Diegues e homenagens a Aldir Blanc, começa amanhã (9) a segunda edição do Festival de Cinema de Alter do Chão, o Fest Alter, no Pará. A apresentação neste ano será virtual. De 2.075 filmes inscritos, de 105 países, 323 foram selecionados para participar do festival. São 121 na mostra competitiva e 202 na paralela.

O evento é definido como “um espaço de encontro entre culturas em torno da produção audiovisual e outras manifestações artísticas na comunidade”. Alter do Chão é um vilarejo no município de Santarém.

Cultura e ciência

O festival foi criado pelo cineasta e diretor de fotografia carioca Locca Faria, que enfatiza o perfil múltiplo do evento e sua integração com a região: “O cinema, a cultura e a ciência em prol da preservação da Amazônia e suas etnias”.

Leia mais: O cinema do mundo inteiro se encontra com a Amazônia e sua cultura

A cerimônia de abertura está marcada para as 20h desta quarta (9), com apresentação de Maria Eulália Borari, “rainha” do Sairé, uma popular manifestação cultural local, e do cineasta Paulinho Sacramento. Segundo a organização do evento, além dos artistas, participarão vários cientistas e lideranças indígenas – Raoni, Daniel Munduruku, Aline e Edson Kayapó – e quilombolas como Daniel de Souza, do Quilombo Jauary, o mais antigo da região amazônica.

Na abertura do Fest Alter, destaque ainda para Cacá Diegues, presidente de honra do festival. Durante o evento, serão exibidos alguns de seus filmes, como Bye, Bye Brasil, que acaba de completar 40 anos. Também estará presente Mari Sá Freire, viúva de Aldir Blanc, que morreu em maio. Entre os vários artistas que vão homenagear o compositor, que dá nome a uma lei de auxílio a trabalhadores na cultura, estão o parceiro João Bosco, Wagner Tiso, Cristóvão Bastos, Guinga, Cláudio Nucci, Dori Caymmi e Zé Renato.

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Plataforma on-line

O evento vai até a noite de domingo (13), quando serão anunciados os premiados com o Troféu Muiraquitã, confeccionado pelo artista Rony Borari. No sábado (12), às 20h, saem os vencedores do concurso de trilhas sonoras – com temas inspirados em cenas de filmes clássicos.

Todo o festival poderá ser acompanhado por meio do site https://www.festivaldealterdochao.com.br. Na plataforma “Fest Alter Play”, o interessado se cadastro para garantir o acesso. E pode participar da votação popular. O evento tem ainda um júri de “notáveis”, presidido pelo cineasta Xavier de Oliveira. E formado por Pedro Bial, Marcelo Tas, Zezé Motta e a atriz e cineasta e produtora indígena Célia Maracajá, além da produtora e mestra em literatura e cinema Indaiá Freire.


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