2º Festival da Cultura cubana celebra as boas semelhanças entre Brasil e Cuba

Fim de semana

2º Festival da Cultura cubana celebra as boas semelhanças entre Brasil e Cuba

Evento traz artistas em espetáculos de música, dança, poesia e tradições cubanas para o público brasileiro. TVT transmite no sábado e domingo, ao meio-dia

Por Redação RBA

Publicado 06/11/2020 - 19h40

Balé Acosta Dança/Divulgação

Grupo Acosta Dança é uma das atrações do 2º Festival da Cultura Cubana

São Paulo – O Consulado-Geral de Cuba em São Paulo e a Associação de Cubanos Residentes no Brasil (Ancreb) promovem neste final de semana, sábado e domingo (7 e 8), o 2º Festival da Cultura Cubana, sempre a partir do meio-dia. O evento reunirá artistas consagrados e novos nomes do cenário cultural cubano. Estão programados espetáculos de música, dança, poesia e tradições cubanas para o público brasileiro. E tudo terá transmissão ao vivo pela TVT.

Entre as atrações está a Orquestra Aragón, tida como “mãe de todas as charangas” e símbolo da música cubana. Com mais de 80 anos de existência, o grupo é liderado pelo violonista Rafael Lay Jr., filho de um dos primeiros líderes da orquestra, Rafael Lay.

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O bailarino cubano Carlos Acosta, premiado e reconhecido internacionalmente, se apresenta com sua companhia, Acosta Danza, que combina vários estilos sempre com perspectiva contemporânea: do balé às danças folclóricas e populares. A companhia de teatro infantil La Colmenita também está na programação do 2º Festival da Cultura Cubana.

Famoso por não deixar ninguém parado, o Batanga & Cia estará presente com o seu ritmo e composições autorais que exploram os instrumentos de percussão afro-cubanos, como os tambores Batá, e a música afro-brasileira. A festa traz ainda Yaniel Matos (pianista e violoncelista) e Fernando Ferrer (sobrinho de Ibrahim Ferrer, lendário músico do grupo Buena Vista Social Club), ambos radicados em São Paulo. A dupla mistura os sons de Cuba com os do Brasil, com destaque para o son, estilo musical que originou a salsa.

Homenageados

O 2º Festival da Cultura Cubana faz parte das comemorações pelo Dia Nacional da Cultura Cubana, celebrado em 20 de outubro. Neste ano, o evento homenageia os 100 anos do nascimento da bailarina e coreógrafa Alicia Alonso, considerada uma das principais artistas do século 20.

O festival celebra ainda os 90 anos do artista plástico Alfredo Sosabravo, ganhador do Prêmio Nacional de Artes Plásticas e autor de obras coloridas e emblemáticas feitas em cerâmica como El carro de la Revolución e o mural América. E ainda o personagem de animação Elpidio Valdés, criado pelo quadrinista e diretor de animação Juan Padrón, morto em 2020. O desenho, que completa 50 anos, é inspirado na luta pela independência cubana no século XIX e se tornou um sucesso local em filmes e animações para a TV.

Brasil e Cuba, referências dançantes

Segundo o cônsul-geral de Cuba em São Paulo, Pedro Monzón, as relações entre Cuba e Brasil no terreno cultural são enormes. “Esse festival é uma demonstração de até onde há carinho pela cultura cubana aqui no Brasil. E também, podemos dizer que é recíproco. Para os cubanos, a música brasileira, a cultura brasileira e o comportamento, a conduta dos brasileiros são magníficos. Nós gostamos porque somos parecidos”, afirma Monzón, em entrevista a Colibri Vitta, da Rádio Brasil Atual.

“Definitivamente, a razão desse êxito é que somos muito parecidos. As músicas de ambos países são referências fundamentais da música popular dançante no mundo. Somos duas das mais importantes referências de música popular dançante”, observa o cônsul. A entrevista será exibida no programa Brasil TVT, que vai ao ar neste domingo, às 18h, pela TVT.

Pedro Mozón considera ainda brasileiros e cubanos semelhantes no comportamento: “Somos parecidos. O brasileiro é jovial, sincero, direto, é carinhoso. E o mesmo acontece com os cubanos”. Para ele, as semelhanças afinidades são as base do entrosamento cultural. “Aqui no Brasil vieram músicos cubanos de primeira linha e foi um sucesso. Eles se encantaram com os músicos e cantores brasileiros.”