Circuito periférico

Rapper americano Cormega estará em festival gratuito na zona leste neste domingo

Terceira edição do Circuito Periférico ocorre no bairro da Vila Matilde neste domingo (16). O ingresso é um quilo de alimento não perecível

NÉO GOMES
NÉO GOMES
Cerca de 15 mil pessoas estiveram presentes, nas duas primeiras edições. Nesta terceira, o rapper Cormega é a atração principal

São Paulo – O bairro da Vila Matilde, na zona leste de São Paulo, recebe a terceira edição do Circuito Periférico, no próximo domingo (16). A programação cultural gratuita conta com shows, batalha de rima, exposições e um campeonato de skate. No palco, o evento recebe o rapper nova-iorquino Cormega, que vem ao Brasil pela primeira vez em sua carreira. O artista fez sucesso no fim da década de 1990, com o lançamento do disco The Realness. Na época, também fez parte do grupo The Firm, junto com Nas, AZ e Foxy Brown.

O radialista e produtor do festival Niélson de Souza Gomes, o Néo, lembra que a a Vila Matilde já foi referência cultural no passado e que o festival é uma oportunidade para as pessoas voltarem a olhar mais para a região. “Esses grandes eventos ajudam a movimentar a economia criativa e as pessoas começam a cuidar do bairro. Cria-se também o sentimento de pertencimento e isso dá uma energia para os moradores contribuírem para o crescimento da região de alguma forma”, explicou.

Dar voz à população

Também marcam presença os grupos PrimeiraMente, que apresenta o álbum Outro Nível (2019), e Pavilhão 9, formado em 1990, no Grajaú, e um dos expoentes do rap nacional. A terceira edição ainda conta com outras atrações, como o Slam Resistência, amplificação com JahRevolution & Ladu B Sounds, os rappers Pew Mark e Negruniversal, além de coletivos como Sujeitos da Rima, Sanatório, União Racial e nova etapa da Batalha de Rima, que até agora já teve a participação de 24 rimadores da capital.

Néo conta que o projeto foi criado para movimentar culturalmente o bairro, onde as pessoas têm pouco acesso à arte de forma geral. “Aqui, o intuito é poder dar voz para essa população mostrar o que pensa e o que quer”, apontou.

Nas duas edições anteriores, cerca de 15 mil pessoas estiveram presentes. Além de fortalecer a cultura, o Circuito Periférico revitaliza áreas da Vila Matilde. “Como trabalhamos com música, grafite, economia criativa e exposição de artistas, tem um impacto positivo no bairro. Os lugares onde fizemos grafites eram deteriorados, tudo cinza, então deixamos tudo mais bonito”, disse Gomes.

A terceira edição do Circuito Periférico será realizada na Praça do Toco, próximo à estação Vila Matilde, a partir do meio-dia. A entrada custa um quilo de alimento não perecível.