Álbum de estreia

Eclética, Manu Saggioro apresenta sua visão de mundo e de música em “Clarões”

Com canções inéditas próprias e de outros compositores, ela reuniu um belo time de músicos para gravar o primeiro disco

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Com influências de MPB, música regional, jazz e blues, nem Manu Saggioro sabe definir o estilo do seu disco de estreia. "Não sei dizer", reconhece

São Paulo — O programa Hora do Rango abre a semana, nesta segunda-feira (9), recebendo a cantora e compositora Manu Saggioro, a partir do meio-dia, na Rádio Brasil Atual. A paulista que saiu de Bauru, no interior paulista, rodou mundo lançou em 2019 seu álbum de estreia, Clarões, que define como “uma ode às paixões”.

Com 14 canções inéditas e direção musical da cantora Ceumar, o disco apresenta composições de Tetê Espíndola, Tavinho Limma, Levi Ramiro, Osvaldo Borgez, Tata Fernandes, Déa Trancoso e da própria Manu (solo ou em parceria com Manoel Carlos Rubira e Ceumar). Entre os músicos participantes, está o percussionista Ari Colares, os multi-instrumentistas Antonio Loureiro e Webster Santos, a violoncelista e pianista Adriana Holtz, além de Guilherme Ribeiro no acordeom, Daniel Coelho no baixo e Levi Ramiro na viola caipira.

Apesar de lançar o disco de estreia aos 36 anos, Manu Saggioro se movimenta pelos palcos e estúdios do Brasil e do mundo desde os 19. Em 2001, por exemplo, viajou durante quatros meses pelos sertões e litoral do Norte e Nordeste, de carona e com o violão nas costas, tendo visitado comunidades quilombolas e extrativistas, e sido apresentada a raiz do baião, da embolada, o côco, a umbigada, o tambor de crioula, as serestas, as romarias, as folias, o pífano, a rabeca, a alfaia, assim como aos repentistas, os poetas e os improvisadores do sertão.

Em 2006 viajou por nove países europeus, com o objetivo de ver de perto outros ritmos. Desse giro surgiu o convite oficial para participar, em 2008, do festival Jazzin’Albarracín, na histórica cidade espanhola de Albarracín, onde tocou com jazzistas da África do Sul, Bélgica, Austrália, França, Holanda e República Tcheca.

Manu diz que o álbum de estreia reúne um pouco das várias influências que arrematou pelo caminho trilhado até hoje. “Precisei encontrar, diante de tudo o que já experimentei e do que vinha compondo, onde eu mais me reconheço em profundidade. É como se eu tivesse feito uma enorme andança, identificado o meu local de origem”, explica a convidada do Hora do Rango, que transita com desenvoltura do rock ao mundo caipira.

O programa

Hora do Rango, apresentado por Colibri Vitta e premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), recebe ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, sempre um convidado diferente com algo de novo, inusitado ou histórico para dizer e cantar. Os melhores momentos da semana são compilados e reapresentados aos sábados e domingos, no mesmo horário.

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