Versos e versões

Arthur Nogueira e a arte de compor melodias para versos de grandes poetas

Artista paraense é o convidado do programa "Hora do Rango" desta segunda-feira, a partir do meio-dia, na Rádio Brasil Atual

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Arthur Nogueira diz que seu último álbum, "Rei Ninguém". é uma conquista e uma revelação: "Sou eu mais do que nunca agora, o 'Rei Ninguém', a música soberana em sua liberdade"

São Paulo — O programa Hora do Rango abre a semana recebendo, nesta segunda-feira (21), a partir do meio-dia, na Rádio Brasil Atual, o jornalista, cantor e compositor Arthur Nogueira. Nascido em Belém, em 1988, ele tem quatro álbuns lançados, com a marca de compor melodias para versos de grandes poetas, como Antonio Cicero, Eucanaã Ferraz, Adonis (Síria) e Rose Ausländer (Ucrânia).

Seu último disco, Rei Ninguém (2017), apresenta duas novas parcerias com Antonio Cicero, A hora certa e Consegui, além de músicas criadas para versos de Eucanaã Ferraz e Rose Ausländer.

“Pela primeira vez, tive um prazo curto e bem estabelecido para compor todas as canções de um novo disco. Foram três meses dedicados a pensar o repertório que ensaiamos durante cinco dias e que, por causa do talento e da empatia de todos os envolvidos, foi gravado em praticamente dois dias em um estúdio no interior de São Paulo. Em meio ao processo de composição, entre tantas descobertas, meu amigo, o poeta Erick Monteiro Moraes, mostrou suas traduções de Rose Ausländer, uma mulher impressionante, poeta de língua alemã, judia, sobrevivente do Holocausto, cuja obra é pouco conhecida no Brasil. Fiquei impressionado com os poemas e suas versões em português. Musiquei dois deles, sendo que ‘Ninguém’ foi decisivo à compreensão de quem eu sou agora”, explica Arthur Nogueira.

Em seu álbum de estreia, Mundano (2009), o artista paraense apresentou ao público, além de suas primeiras composições, a releitura de Mal Secreto, de Jards Macalé e Waly Salomão. O título seguinte, Sem Medo Nem Esperança (2015) reuniu canções próprias e de parceiros, como Antonio Cicero, Omar Salomão, Marcelo Segreto, Marina Wisnik e Letrux. A faixa Fim do Céu foi composta por Nogueira sobre poema do sírio Adonis.

Em 2016, lançou Presente (Antonio Cicero 70), projeto idealizado pelo DJ Zé Pedro para comemorar os 70 anos do poeta carioca Antonio Cicero. Ao mesmo tempo em que revisita grandes sucessos, o álbum celebra um dos mais importantes letristas da música brasileira. Clássicos como Inverno e O Último Romântico ressurgem ao lado de novas canções, compostas por Arthur e Cicero, como Antigo Verão. A parceria de Arthur Nogueira e Antonio Cicero começou em 2005, quando Nogueira, então com 16 anos, musicou o soneto Onda, do livro Guardar.

O programa

Hora do Rango, apresentado por Colibri Vitta e também premiado pela APCA, recebe ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, sempre um convidado diferente com algo de novo, inusitado ou histórico para dizer e cantar. Os melhores momentos da semana são compilados e reapresentados aos sábados e domingos, no mesmo horário.

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