Crônicas e aventuras

O samba, as baladas, e agora o pop da banda As Bahias e a Cozinha Mineira em novo álbum

Trio vem ao programa "Hora do Rango" para falar do disco "Tarântula", o terceiro do grupo que é revelação da música brasileira

Divulgação
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O terceiro álbum do trio alia o tom político, com temas sobre o afeto e o cotidiano. “O álbum é o século 21 sob nossa perspectiva, nossas crônicas, relatos e aventuras”, explica a cantora Raquel Virginia

São Paulo — A banda As Bahias e a Cozinha Mineira é a convidada desta segunda-feira (29), ao meio-dia, do programa Hora do Rango, na Rádio Brasil Atual. Formado por Assucena Assucena, Raquel Virginia e Rafael Acerbi, o trio lançou em maio o terceiro álbum de estúdio, Tarântula. Composto por 10 canções, o novo trabalho vem acompanhado de três videoclipes, das músicas Volta, Carne dos Meus Versos e Shazam Shazam Boom.

Segundo Assucena, o álbum nasceu sem grandes pretensões, em função de ter sido inicialmente concebido para um EP. Apesar do tom político, o grupo criou uma obra livre que trata também do afeto e do cotidiano. “Tarântula construiu seu conceito na medida em que íamos descobrindo cada canção e conectando seus significados até chegar a um disco”, explica Assucena. Para Raquel, em Tarântula há “paixões perdidas, fuça de fuzil, a Bahia e mulheres que botam para quebrar”. “O álbum é o século 21 sob nossa perspectiva, nossas crônicas, relatos e aventuras”, afirma.

O novo álbum tem os sambas e baladas que já são marcas do trio, mas também ousa no universo do pop. O título faz referência a Operação Tarântula, ação policial feita em São Paulo, em 1987, e que perseguiu mais de 300 travestis com a justificativa prevenir a expansão do HIV, o vírus da Aids.

Para marcar o lançamento, As Bahias e a Cozinha Mineira realiza show no próximo dia 2 de agosto, em São Paulo. O repertório apresenta pela primeira vez ao vivo as canções do novo álbum, com participação do rapper Projota na música Tóxico Romance, além de releituras de clássicos contemporâneos da música popular brasileira.

“É uma nova fase para a gente nos palcos, pois agora temos o repertório de três discos para apresentar. Por outro lado, ao mesmo tempo que trazemos clássicos da MPB dos anos 1970, como sempre fizemos, sentimos a necessidade de criar um repertório que também dialogasse com artistas de nossa geração”, explica Rafael Acerbi.

“É o show em que mais flertamos com o repertório popular. É bem humorado e acredito que nele deixamos certa postura indie para assumirmos nosso lado rock’n’roll. É para agradar gregos e baianos”, diz Raquel Virgínia.

A banda As Bahias e a Cozinha Mineira  lançou seu primeiro álbum em 2015, chamado Mulher. O segundo veio em 2017, intitulado Bixa e, com ele, um grande reconhecimento, que incluiu dois troféus no 29º Prêmio da Música Brasileira: “Canção Popular – Grupo” e “Canção Popular – Álbum”.

O programa

Hora do Rango, apresentado por Colibri Vitta e premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), recebe ao vivo, de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, sempre um convidado diferente com algo de novo, inusitado ou histórico para dizer e cantar. Os melhores momentos da semana são compilados e reapresentados aos sábados e domingos, no mesmo horário.

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