A capital portenha na literatura

Guia literário revela Buenos Aires pelo olhar dos grandes escritores argentinos

Obra 'Buenos Aires, livro aberto', do jornalista João Correia Filho, é um passeio por lugares frequentados e retratados por autores como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Ernesto Sabato

Wikimedia Commons

O Parque Lezama, no tradicional bairro de San Telmo, é cenário recorrente no livro “Sobre heróis e tumbas”, de Ernesto Sabato

São Paulo — A cidade de Buenos Aires vista pelo olhar e pelas obras de alguns dos maiores escritores argentinos. Essa é a proposta do guia literário Buenos Aires, livro aberto — a capital argentina nas pegadas de Borges, Cortázar e Cia, escrito pelo jornalista João Correia Filho. O livro é o quarto, neste estilo, lançado pelo autor, que em 2012 ganhou o Prêmio Jabuti, na categoria Turismo, com Lisboa em Pessoa.  

A ideia é possibilitar ao viajante um recorte literário da cidade de Buenos Aires. “A gente vê a cidade a partir de um filtro, que é um filtro lindo, de infinitas possibilidades. É uma visita à cidade a partir do olhar dos escritores”, explica João Correia Filho, em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria, na Rádio Brasil Atual. 

E nesse olhar entram informações de livros, biografias e lugares citados pelos escritores em suas obras, como, por exemplo, o parque Lezama, no bairro de San Telmo, um local muito presente no livro Sobre heróis e tumbas, de Ernesto Sabato; ou o London City Bar, onde Julio Cortázar começou a escrever alguns de seus livros. “É a cidade permeada pela literatura, essa é a ideia”, diz o autor. 

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Os maiores “cicerones” do guia literário Buenos Aires, livro aberto são Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Ernesto Sábato, escritores que têm uma obra muito embranhada na cidade de Buenos Aires, com muitas referências, além de Ricardo Piglia, Silvina Ocampo, Roberto Arlt, Manuel Puig, entre outros, trazendo as casas, ruas, livrarias, bares e cafés que ajudam a contar a biografia desses autores e descreve um roteiro da capital argentina. 

Lançado de modo independente, o autor fez questão de que o livro fosse usado como uma obra incentivadora à leitura e, neste sentido, procurou a parceria com bibliotecas comunitárias por meio de Bel Santos Mayer, coordenadora da Rede LiteraSampa e do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC). 

“É uma forma do livro ganhar uma outra dimensão. Ele vai para as bibliotecas comunitárias de São Paulo e vai ganhar outros leitores e outras histórias”, pondera João Correia Filho. 

Confira a entrevista

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