São Paulo – Palhaços indígenas dos povos Kariri Xocó e Krahô, junto com palhaços urbanos, apresentarão o espetáculo Ritual Parrir e Parresistir, dentro da programação do Abril Indígena do Sesc. Ao todo, serão mais de 300 atividades nas 39 unidades espalhadas pela capital paulista, interior e litoral. Segundo Thaís Heinisch, supervisora do Núcleo Artístico do Sesc Ipiranga, o objetivo principal do projeto é “quebrar preconceitos e o estereótipo da cultura indígena”.

Ao lado de Priscila Jácomo, palhaça-cacique do Povo Parrir, e de Pawanã Sabuká Kariri Xocó, cacique do grupo Sabuká Kariri Xocó, a supervisora do Sesc participou nesta sexta-feira (5) do programa Jornal Brasil Atual, na Rádio Brasil Atual. “Muitos povos indígenas têm a figura do palhaço, na verdade, de um ‘fazedor’ de riso, com uma função social bem importante, a do equilíbrio”, explica Priscila Jácomo, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas.

Priscila Jácomo diz que o espetáculo que será realizado nesta sexta-feira (5) no Sesc 24 de Maio, das 19h às 21h, e sábado (6) no Sesc Ipiranga, a partir das 16h, ambos na capital paulista, reunirá os “palhaços sagrados” do povo Krao e os “espíritos da alegria” do povo Kariri Xocó, atuando ao lado dos chamados palhaços urbanos não-indígenas. Priscila afirma que o ensaio geral foi feito nesta quinta (4), numa aldeia guarani localizada na zona norte de São Paulo, mas “vai ficar pronto mesmo quando encontrarmos o público para brincar junto.”

“Que cada um sinta o despertar de conhecer nossa verdadeira essência, nossa verdadeira realidade cultural e espiritual”, destaca o cacique Pawanã Sabuká Kariri Xocó.

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