Fernando Morais fala sobre livro de Lula no programa ‘Entre Vistas’, da TVT
Jornalista conta como foram viagens pelo mundo ao lado de Lula, colhendo material para livro sobre a vida do ex-presidente desde sua primeira prisão abusiva, em 1980, aos dias atuais
Publicado 02/10/2018 - 12h51
“Ele é igualzinho com um pobre de rua e com a rainha da Inglaterra”, diz Fernando Morais, sobre a espontaneidade de Lula
São Paulo — Autor de biografias de figuras como Olga Benário e Assis Chateaubriand, o jornalista Fernando Morais é o convidado desta terça-feira (2) do programa Entre Vistas, comandado pelo jornalista Juca Kfouri, na TVT.
Morais está produzindo um livro de memórias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, obra que abrange o período das grandes greves, nos anos de 1980, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, até os dias de hoje. Para realizar o trabalho, o escritor viajou bastante nos últimos anos, ao lado de Lula. De acordo com o jornalista, a espontaneidade é uma das principais características do ex-presidente.
“Estou com ele desde junho de 2011. É um privilégio. O lado da alma dele que seduz as pessoas é a espontaneidade. Ele é igualzinho com um pobre de rua e com a rainha da Inglaterra. E quem conhece o ser humano como eu conheço, trabalho como jornalista há 50 anos, e você trabalha com pessoa e não com ‘coisa’, então você descobre que só uma pessoa, com um traço de personalidade como o dele, pode ter feito o que ele fez, e pode receber o que ele recebeu”, afirma Fernando Morais, em entrevista à repórter Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual.
Ana Rosa participa do programa na TVT, ao lado de Joice Bueno, militante do Levante Popular da Juventude.
O programa Entre Vistas vai ao ar nesta terça-feira (2), a partir das 21h, na TVT – canal 44.1, na Grande São Paulo e nas redes sociais.
Ouça matéria da Rádio Brasil Atual:
O biógrafo conta que antigamente o nome do Brasil era associado à figura do ex-jogador de futebol Pelé, e hoje essa relação acontece com a imagem do ex-presidente, conforme Fernando Morais já pôde presenciar em suas andanças pelo mundo com o ex-presidente.
“Tem países na África em que ele é reconhecido na rua. Eu estava caminhando com ele, sem segurança, sem diplomata, sem ninguém, pelas ruas de Adis Abeba, na Etiópia, e um grupinho atravessou a rua e veio falar: ‘Lula, Lula!’. Já vi isso na Etiópia, na Alemanha, nos Estados Unidos. Sou de uma geração que começou a ir para o exterior e as pessoas perguntavam pelo Pelé. Era ‘Brasil e Pelé’, agora é ‘Brasil e Lula'”.