Para Serrano, tolerância aos abusos de Moro é retrato do Estado de exceção

Programa 'Entre Vistas' traz nesta terça (10) o jurista Pedro Serrano explicando o Estado de exceção criado pelo Judiciário

São Paulo – O convidado de Juca Kfouri no programa Entre Vistas desta terça-feira (10) é o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e advogado Pedro Serrano. De forma didática e contundente, Serrano explica por que a situação vivida no Brasil pode ser definida Estado de exceção. Citando também experiências de outros países, o jurista descreve o cenário dentro da democracia ou do Estado de direito em que pessoas e instituições desrespeitam a Constituição e tomam decisões de forma pessoal e por interesses particulares contra os interesses da maioria.

Para o entrevistado, um exemplo de que atuação do próprio Judiciário como agente do Estado de exceção é a conduta do juiz Sérgio Moro, julga por suas vontades pessoais – sem que seja repreendido por instâncias superiores.

É nesse contexto que Pedro Serrano aborda o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aponta as inconsistências legais no processo – a mais recente delas a ordem de prisão. Serrano enquadra esse Estado de exceção como o mesmo em que se dá o massacre da juventude negra e pobre das periferias.

Lula está nesse contexto como retirante pobre e analfabeto, atarracado e fora do padrão imposto pelas elites, que não aceita ceder espaço social. Serrano ironiza o tom midiático dos julgamentos do STF e alerta para os danos que o Estado de exceção pode produzir ao cidadão e a herança negativa que pode ser deixada às gerações futuras, caso esse retrocesso civilizatório prevaleça.

O programa Entre Vistas começa às 21h e pode ser visto no canal digital 44.1 da TVT, ou nas páginas da emissora na internet, YouTube ou Facebook. A RBA também transmite o programa.

 

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