em São Paulo

Mais de 100 filmes de 18 países integram o 12º Festival de Cinema Latino-Americano

Até o próximo dia 2, festival reúne, além dos filmes em diversos cinemas da capital, exibições ao ar livre, encontros e debates sobre os caminhos da produção audiovisual no continente

Divulgação

Edição traz 11 filmes de Beto Brant, como ‘Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios’ (2011), com Camila Pitanga

São Paulo – O Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo chega este ano à 12ª edição. A cerimônia de abertura está marcada para esta quarta-feira (26), na Praça Cívica do Memorial da América Latina, Barra Funda, zona oeste da capital. Será exibido ao ar livre o primeiro longa-metragem do diretor mineiro Marcelo Caetano, Corpo Elétrico (2014). A mostra, que homenageia o cineasta Beto Brant, traz filmes de 18 países.

O festival foi criado em 2006 a partir de iniciativa do então secretário estadual de Cultura, o cineasta João Batista de Andrade, com objetivo de reunir a produção cinematográfica dispersa dos países latino-americanos. “Funcionaria como uma arena continental para discutir sua singularidade estética, seus diferenciais e tendências temáticas, além de descobrir sua riqueza de criatividade”, afirma em nota o diretor-presidente da Fundação Memorial, Irineu Ferraz.

Além do Memorial, recebem o festival o CineSesc, na Rua Augusta, a rede de cinemas Circuito Spcine e o Instituto CPFL em Campinas, interior do estado. “Como tem se tornado rotina, a Praça Cívica do Memorial é o local de exibições ao ar livre. A Galeria Marta Traba se transforma em espaço de encontro do evento, ao passo que no Auditório da Biblioteca são promovidas, de forma inédita, projeções de longas com temática infantil e familiar”, diz Ferraz. O festival ainda recebe cineastas para um ciclo de debates ao longo do evento, que vai até 2 de agosto.

Segundo a Associação do Audiovisual, parceira da mostra, a maioria dos mais de 100 títulos é inédita. A entidade destaca a promoção de eventos paralelos, entre os quais o debate O Jovem no Cinema Latino-Americano Atual, na próxima terça (1º), no Cinesesc, às 19h30, com a presença de nomes jovens que despontam no audiovisual de Argentina, Chile, Colômbia e Brasil.

Haverá também uma oficina de direção ministrada pelo cineasta Marcelo Caetano, terça e quarta-feira (2), dois últimos dias do evento – no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. Filmando Corpos Queer: Os gestos da direção, os gatilhos da criação” tem como objetivo mostrar ao público interessado “estratégias para filmar corpos que não buscam visibilidade”, por meio de curtas do diretor, além do documentário Bailão (2009), que trata de um grupo de homossexuais na terceira idade. A participação requer inscrição pela página do Sesc ou presencialmente em alguma de suas unidades.

O homenageado

Toda edição do festival homenageia algum cineasta importante do cenário audiovisual local. No ano passado, foi a cineasta paulistana Anna Muylaert. Neste ano, será o diretor de premiados longas, curtas, videoclipes e séries de televisão Beto Brant.

A mostra exibirá 11 filmes do diretor e promoverá um encontro com sua presença no sábado (29), no Espaço Petrobras do Memorial da América Latina. Entre os filmes a serem exibidos, estão Os Matadores (1997), O Invasor (2002), Cão sem Dono (2007) e Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios (2011).

A programação completa pode ser conferida na página oficial da mostra.

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