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Ex-ministro nega aparelhamento e diz que demissões no MinC são arbitrárias

Juca Ferreira ressalta que entre os demitidos estavam simpatizantes de partidos da oposição que ocupavam funções desde o governo FHC

José Cruz/Agência Brasil

Para Juca, exonerações servem para ‘enganar a opinião pública e criar simpatia com os funcionários estáveis’

São Paulo – O ex-ministro Juca Ferreira refutou hoje (27) acusações do ministro interino Marcelo Calero, que justificou a demissão de 81 servidores visando ao “desaparelhamento” do ministério. Juca diz que Calero “está querendo bancar o sabido, justificando suas arbitrariedades e incompetências com essa história de aparelhamento.”

“O MinC não foi aparelhado. Estávamos montando uma estrutura republicana para tratar a cultura com a importância que ela tem. Entre os dirigentes do MinC, tínhamos simpatizantes do PSDB e de outros partidos de oposição, sendo que a maioria era sem partido e pouco afeita às lides político-partidárias”, disse Juca Ferreira, em resposta no Facebook.

As 81 exonerações de ocupantes de cargos comissionados incluem cargos de coordenação e assessoria do ministério e integrantes da Cinemateca Brasileira, da Fundação Biblioteca Nacional e do Instituto Brasileiro de Museus.

Juca afirma que entre os demitidos estão pessoas que atuavam no ministério desde a gestão Fernando Henrique Cardoso, e que representavam “elo entre diferentes gestões” e “memória viva” da pasta, dado o acúmulo de experiência no desenvolvimento de políticas públicas.

Para o ex-ministro, a “esperteza” de justificar as demissões alegando desaparelhamento tem duas facetas enganosas: “Enganar a opinião pública e criar um clima de simpatia superficial com os funcionários estáveis”.

O Ministério da Cultura alega que as exonerações fazem parte da reestruturação da pasta e que a maior parte dos cargos será preenchida por servidores concursados que ocuparão cargos de chefia.

Com informações da Agência Brasil


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