em BH

Fernando Brant morre aos 68 anos

'A lembrança que eu tenho do Fernando é a lembrança de toda a minha vida', disse Milton Nascimento

stj

Em 2014, no STF, Brant disse que a Lei 12.853/2013 massacrava autores e compositoreds

São Paulo – O músico e compositor Fernando Brant, um dos principais nomes do chamado Clube da Esquina, morreu na noite de ontem (12), em Belo Horizonte, aos 68 anos de idade, por complicações após uma cirurgia no fígado. Ele deixa mulher e três filhos. O corpo está sendo velado no saguão do Palácio das Artes, tradicional espaço cultural, na capital mineira. O enterro será hoje à tarde, no Cemitério do Bonfim.

Em parceria com Milton Nascimento, Brant assina uma das canções mais conhecidas da música brasileira, Travessia, lançada em 1967. Ele é responsável por outros clássicos, como Canção da América, Nos Bailes da Vida e Maria, Maria.

“Ele fez parte da coisa maior da minha vida, que é amizade.  A gente compartilhava o que aparecia nas nossas vidas”, disse Milton Nascimento, durante o velório. “A lembrança que eu tenho do Fernando é a lembrança de toda a minha vida.”

Outro parceiro, Lô Borges, escreveu sobre o amigo em rede social: “Fernando Brant, um dos intelectuais mais brilhantes e fundamentais do Brasil, partiu em seu voo pássaro. Amigo, parceiro, grande e inspirado letrista, escritor e jornalista, Fernando escreveu pérolas que ficarão gravadas no inconsciente coletivo por toda eternidade. Saudades”.

A presidenta Dilma Rousseff divulgou nota afirmando que o país perdeu um dos seus grandes talentos e um dos mais extraordinários letristas.  “Quero deixar meus sentimentos aos familiares, amigos e fãs da música e da poesia de Fernando Brant, lembrando um dos seus mais conhecidos versos: ‘Com a roupa encharcada e a alma/ Repleta de chão/ Todo artista tem de ir aonde o povo está’. Fernando cantou a nossa geração, o nosso povo e os nossos sonhos” declarou.