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São Paulo lança edital para construir arena multiuso no Anhembi

Cidade recebe 90 mil eventos por ano. Ideia da prefeitura é que iniciativa privada construa e explore o espaço por tempo determinado sob o regime de concessão

Heloisa Ballarini / SECOM

Haddad: “Estamos nos firmando como capital cultural não só do Brasil mas como da América Latina”

São Paulo – De shows internacionais a congressos e festivais gastronômicos, a cidade de São Paulo recebe anualmente em torno de 90 mil eventos. Pensando no turismo de curto prazo, a São Paulo Turismo (SPTuris), órgão da prefeitura, lançou hoje (27) um edital convocando empresas privadas a construir uma arena multiuso coberta no Anhembi, a fim de aumentar a capacidade da cidade em receber eventos de grande porte.

De acordo com a SPTuris, a empresa paulista Time For Fun, responsável pela promoção de festivais como o Lollapalooza, manifestou interesse em investir no negócio. A partir do chamamento publicado nesta terça-feira, outras empresas poderão apresentar proposta para o negócio. A área de 20 mil metros quadrados, próxima ao sambódromo, pertence à SPTuris, e a ideia é que a arena funcione no modelo de concessão, sendo construída e explorada pela iniciativa privada por um período fixado em edital, e retornando a posse e administração do município após o tempo determinado.

O local deverá ter capacidade mínima de 20 mil pessoas, e capacidade média para 50 mil. O investimento da obra está orçado em R$ 140 milhões, e após a ordem de serviço deverá ficar pronta em 18 meses.

O prefeito Fernando Haddad afirmou que a cidade tem crescido no turismo, para além do turismo de negócios, e que o futuro novo espaço poderá trazer até 1 milhão de pessoas a mais por ano. “Estamos (São Paulo) nos firmando como capital cultural não só do Brasil mas como da América Latina, e temos de investir em estrutura. Hoje, Cidade do México e Buenos Aires são os principais roteiros, mas nossas pesquisas apontam que São Paulo será a primeira em dois anos.”

O prefeito defende ainda o modelo de concessão, alegando que aplicar dinheiro do tesouro em um equipamento como a arena não faria sentido, posto que administração tem prioridades.

Embora a Copa do Mundo de 2014 tenha legado à capital as novas arenas – com projetos arquitetônicos que têm muito menos a ver com o futebol, e com melhor estrutura para grandes produções –, a prefeitura afirma que ainda há carência de espaços para eventos específicos, como os torneios internacionais de tênis, basquete e artes marciais. “Já temos perdido para o Rio de Janeiro alguns eventos dessa natureza por falta de espaço. Isso faz com que a cidade deixei de arrecadar com o turismo de curto prazo e há a demanda”, afirma o presidente da SPTuris, Wilson Martins Poit.

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