10ª edição

Virada Cultural de São Paulo tem atividades descentralizadas, palco infantil e transporte 24h

Além de shows de grandes artistas, entre 18h de sábado e 18h de domingo, a atividade também terá apresentações de pessoas atendidas pelo programa De Braços Abertos

Virada Cultural/Facebook

Em 2013, a organização e a programação foram feitas com curadoria de gestores culturais de diversos movimentos

São Paulo – Neste final de semana, São Paulo receberá shows, espetáculos de dança, circo e orquestra sinfônica que integram a programação da 10ª Virada Cultural da cidade. O evento gratuito terá atrações como o grupo de rock IRA!, as cantoras Vanessa da Mata e Valesca Popozuda e artistas internacionais, como o músico de jazz Stanley Jordan.

Durante o período da virada – que começa às 18h no sábado e tem suas últimas atrações às 18h do domingo (18) – ônibus, trens e metrô funcionarão sem parada para que o público possa se deslocar de uma atividade a outra. Para atender à população, o Mercado Municipal,  no centro, e restaurantes que optaram por aderir ao evento também permanecerão abertos durante a madrugada. Assim, as pessoas poderão fazer refeições entre os shows.

Além dos tradicionais palcos dispostos pelo centro, a Virada Cultural também oferecerá atividades descentralizadas nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e em unidades do Sesc. O secretário de Cultura do município, Juca Ferreira, explica que a inclusão de atrações na periferia é essencial para a convivência entre os paulistanos em diferentes locais da cidade. “A Virada Cultural é uma oportunidade de assistir a uma quantidade enorme de espetáculos, mas é também uma atividade de convivência. Tem uma pequena parcela que não quer sair do seu bairro, mas quer participar. Isso abre uma oportunidade importante de ampliação da Virada”, disse.

As crianças também poderão participar da festa. O palco da Viradinha, direcionado ao público infantil, funcionará na praça Roosevelt, no centro. Nele, haverá shows como Pato Fu e o grupo Giramundo e também Galinha Pintadinha. A praça também concentrará as atividades circenses, com apresentações de malabaristas e trapezistas durante o dia. À noite, a programação será voltada aos adultos, com uma releitura temática dos cabarés.

Outra novidade do festival foi a montagem do palco no largo Coração de Jesus, na Sé. A programação mistura apresentações de grandes artistas, como MV Bill, com shows de paulistanos atendidos pelo programa municipal De Braços Abertos, voltado para o tratamento e desenvolvimento humano de usuários de crack da região da cracolândia. Segundo o secretário de Cultura, a iniciativa pretende recuperar a autoestima e a capacidade de expressão das pessoas atendidas pelo projeto. “Será uma experiência muito interessante de acolhida dos mais fragilizados e que a cidade possibilite que eles voltem a ter planos de futuro e autorreferências positivas.”

“São tantos problemas e tantos comportamentos antissociais que São Paulo está precisando de um momento de alegria, de felicidade, de vivência estética, de deleite e de convivência. Um dos aspectos mais importantes da Virada é que não ocorre nada, as pessoas convivem, pobres e ricos, periferia e centro, numa boa, buscando o contato humano na cidade”, disse Ferreira.

Esta é a segunda edição da Virada Cultural gerida pela administração de Fernando Haddad (PT). No ano passado, a organização do evento e a escolha da programação foram feitas com curadoria de gestores culturais de diversos movimentos da cidade. Este ano o conselho foi formado por 15 pessoas para assegurar a pluralidade das atrações do festival. “Essa complexidade cultural permite que a cidade seja cosmopolita, que desenvolva uma economia da cultura, que ainda é limitada porque nunca foi dada atenção a ela”, destaca Ferreira.

Ouça a entrevista completa de Juca Ferreira para a Rádio Brasil Atual

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