políticas públicas

Cultura Viva reúne ativistas latino-americanos na Bolívia

Programa criado no Brasil tornou-se referência de política pública de cultura em vários países da America Latina

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Ativistas promovem ‘assalto poético’ nas ruas de La Paz

La Paz – Cerca de mil pessoas ligadas a pontos de cultura, coletivos e organizações comunitárias estão reunidas em La Paz, capital boliviana, para discutir uma virada nas políticas públicas para a cultura.

Delegações de vários países da America do Sul e Central começaram a chegar na sexta-feira (17) ao 1º Congresso Latino-Americano Cultura Viva, para cinco dias de atividades interculturais, festivais, debates, shows, oficinas e passeatas.

O programa nasceu no Brasil no primeiro governo Lula, em 2004, com o então ministro da cultura Gilberto Gil, para estimular  uma rede de criação e gestão cultural, tendo como base os Pontos de Cultura, projetos apoiados por recursos do governo federal destinados a estimular ações culturais locais, como também de geração de renda.

A iniciativa se espalhou pelo país, mas ainda enfrenta dificuldades para se tornar – mais que uma ação de governo e do ativismo cultural –, uma política de Estado.

Uma das bandeiras do congresso é pleitear em cada país o comprometimento de pelo menos 0,1% dos orçamentos nacionais em iniciativas baseadas nesse modelo. Estima-se que na América do Sul e Central funcionem mais de 120 mil experiências populares de Cultura Viva.

O evento conta com participação de produtores voluntários das diferentes nacionalidades, e tem o apoio do governo boliviano e do município de La Paz município.

Programação

Desde sexta, oficinas e eventos ocupam a Cinemateca da cidade. Ontem (18), uma caravana cultural partiu da cidade de El Alto (a noroeste de La Paz) para terminar na capital, onde desencadeou uma série de intervenções chamada de “Assalto Poético”, para chamar a atenção da população em bairros diversos da cidade.

Hoje, os representantes pretendem criar um Parlamento Latino-Americano de Cultura Viva, com a missão de articular ações de educação, comunicação, cultura de paz, promoção da igualdade e do patrimônio imaterial e material.

Confira aqui a programação completa.