Livro de estreia de Kucinski na ficção, ‘K’ é um dos finalistas do Prêmio São Paulo

Bernardo Kucinski e ‘K’: dores reais, em livro de memórias concorrente a prêmio literário (Gerardo Lazzari/RBA e reprodução) São Paulo – Os dois vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura […]

Bernardo Kucinski e ‘K’: dores reais, em livro de memórias concorrente a prêmio literário (Gerardo Lazzari/RBA e reprodução)

São Paulo – Os dois vencedores do Prêmio São Paulo de Literatura 2012 serão conhecidos na noite desta segunda-feira (24). O concurso acolheu a inscrição de 209 romances publicados em 2011. Foram selecionados 20 finalistas, metade deles na categoria autor estreante.

Um dos fortes candidatos ao prêmio para estreantes é o jornalista Bernardo Kucinski, de 74 anos. Kucinski tem mais de uma dezena de livros publicados nas áreas de jornalismo e economia. Após mais de 40 anos de profissão, divididos com uma intensa atividade acadêmica, decidiu mergulhar na linguagem ficcional

Seus contos reunidos no livro de estreia K., lançado no ano passado pela editora Expressão Popular, são um contundente relato inspirado nas prisões e nos desaparecimentos de opositores da ditadura, nos anos 1970. Entre eles estão sua irmã Ana Rosa Kucinski e o marido Wilson Silva, detidos por agentes da repressão em abril de 1974. Os contos, segundo o próprio autor, “são tudo invenção, mas quase tudo aconteceu” – leia  “Baseado em dores reais”, na Revista do Brasil.

Além de Bernardo Kucinski, concorrem na categoria Estreante Ana Mariano (Atado de Ervas), Chico Lopes (O Estranho no Corredor), Edmar Monteiro Filho (Fita Azul), Eliane Brum (Uma Duas), Júlian Fuks (Procura no Romance), Luciana Hidalgo (O Passeador), Marcos Bagno (As memórias de Eugênia), Susana Fuentes (Luzia) e Suzana Montoro (Os Hungareses).

Já os indicados a Melhor Livro são A vendedora de fósforos, de Adriana Lunardi; Vermelho amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós; Herança de Maria, de Domingos Pellegrini; Don Solidon, de Hélio Pólvora; Domingos sem Deus, de Luiz Ruffato; Perdição, de Luiz Vilela; Diário da Queda, de Michel Laub; Habitante Irreal, de Paulo Scott; Em Nome do Pai dos Burros, de Silvio Lancellotti; e Dois Rios, de Tatiana Salem Levy.

O Prêmio São Paulo de Literatura é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura e tem como principal objetivo estimular a produção literária de qualidade e a revelação de novos talentos. Participaram da seleção curadores e jurados da área acadêmica, da crítica literária e da categoria dos escritores, livreiros e bibliotecários. Cada vencedor receberá R$ 200 mil, o mais alto prêmio pago em concursos literários no país. A solenidade de entrega será no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, para convidados.

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