Sete filmes nacionais bateram a marca de 1 milhão de espectadores em 2011
“De Pernas para o Ar” foi o filme brasileiro a alcançar o maior público em 2011 (Foto: Divulgação) Rio de Janeiro – O mercado cinematográfico brasileiro ficou muito aquecido no […]
Publicado 31/01/2012 - 18h31
Rio de Janeiro – O mercado cinematográfico brasileiro ficou muito aquecido no ano passado, de acordo com os dados do Informe Anual de Acompanhamento de Mercado de 2011, divulgado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine). O número de ingressos vendidos nas bilheterias dos cinemas foi recorde na última década, totalizando 143,9 milhões de bilhetes, com geração de renda bruta de R$ 1,44 bilhão. Sete filmes nacionais bateram a marca de 1 milhão de ingressos vendidos.
“Isso faz do mercado brasileiro um dos mais importantes do mundo em salas de cinema, o que aumenta a importância do país para a circulação e a exploração de filmes”, disse o presidente da Ancine, Manoel Rangel.
No ano passado, 99 filmes brasileiros foram exibidos nas salas de cinema do país. “Esse número é três vezes maior do que a quantidade de filmes brasileiros veiculados nas salas de cinema em 2003”, informou Rangel. Esclareceu que o número chegou bem próximo da meta estabelecida pelo governo federal em 2003, que era atingir um patamar de produção e lançamento de 100 filmes brasileiros por ano.
As 20 maiores bilheterias do ano
Filme | país |
---|---|
A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1 | EUA |
Rio | EUA |
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 | EUA |
Os Smurfs | EUA |
Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas | EUA |
Enrolados | EUA |
Gato de Botas | EUA |
Velozes e Furiosos 5 | EUA |
Carros 2 | EUA |
Transformers: o Lado Oculto da Lua | EUA |
De Pernas pro Ar | Brasil |
Kung Fu Panda 2 | EUA |
Cilada.Com | Brasil |
Se Beber, Não Case! 2 | EUA |
Capitão América: o Primeiro Vingador | EUA |
X-Men: First Class | EUA |
Thor | EUA |
O Planeta dos Macacos: a Origem | EUA |
Bruna Surfistinha | Brasil |
Esposa de Mentirinha | EUA |
Outro dado relevante, segundo o presidente da Ancine, é que 66% da renda obtida com os filmes brasileiros (R$ 163,27 milhões) foram gerados por distribuidoras brasileiras. Rangel lembrou que, desde 2006, o governo federal tem investido no fortalecimento das empresas nacionais de distribuição, estimulando-as a trabalhar com filmes brasileiros. “O país ganha quando empresas brasileiras de distribuição aderem com força ao processo de produção e distribuição de filmes brasileiros”.
Por essa razão, ele considera que 2011 foi um ano muito positivo. O cinema brasileiro teve a terceira maior bilheteria dos últimos dez anos. Na comparação de 2011 com 2002, verifica-se a expansão de 304% na venda de ingressos para filmes nacionais e de 50,8% na renda gerada pelos filmes brasileiros.
Ainda no comparativo da última década, os ingressos totais subiram 171,51% e a renda bruta 144,79%. O informe mostra que houve incremento de 160,53% na quantidade de ingressos de filmes estrangeiros vendidos nas bilheterias de cinemas no Brasil entre 2002 e 2011 e crescimento de 71,36% na renda de filmes internacionais.
Em 2011, foram vendidos cerca de 17,9 milhões de ingressos para filmes brasileiros. Manoel Rangel explicou que no ano anterior, a venda recorde de 25,6 milhões de bilhetes para produções nacionais resultou de um fenômeno de bilheteria, o filme Tropa de Elite 2. Sozinho, o filme do diretor José Padilha levou aos cinemas de todo o país 11,4 milhões de pagantes. No ano passado, sete filmes nacionais ultrapassaram a marca de um milhão de espectadores.
De acordo com o Informe Anual de Acompanhamento de Mercado de 2011, que consolida os dados de mercado no período de 31 de dezembro de 2010 a 5 de janeiro de 2012, três filmes brasileiros ficaram entre as 20 maiores bilheterias do ano passado. São eles De Pernas para o Ar, com 3,09 milhões de espectadores pagantes, Cilada.Com (2,99 milhões), e Bruna Surfistinha (2,16 milhões de ingressos vendidos).
Além deles, outras quatro produções superaram 1 milhão de expectadores: “Assalto ao Banco Central”, “O Palhaço”, “O Homem do Futuro” e “Qualquer Gato”.
Os números reforçam, para Rangel, a importância da política do governo para o setor do audiovisual, que prevê incentivos fiscais à produção nacional. “Ela [a política do audiovisual] é decisiva para que a gente possa ter condições de um bom desempenho para o cinema brasileiro”. Citou como exemplo o filme De Pernas para o Ar, que teve quase 70% do orçamento financiados com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, que garantiram a finalização e o lançamento dentro do prazo previsto. “Esse é o objetivo da política pública”.
A Ancine destaca, ainda no relatório, que, entre os 17 filmes estrangeiros de maior bilheteria, há somente duas comércias e seis são animações. Há nove filmes de fantasia ou aventura, continuações de franquias dirigidas a crianças, adolescentes e ao público jovem. Segundo a agência, houve apenas um lançamento brasileiro de aventura e um de animação.
A íntegra do informe está na página da Ancine.
Fonte: Agência Brasil