Com humor e ternura,’Kung Fu Panda 2′ melhora o original

Depois do sucesso do primeiro, Kung Fu Panda 2 promete envolver o público (Foto: Divulgação) São Paulo – Desmentindo a norma de que sequências são menos criativas do que os […]

Depois do sucesso do primeiro, Kung Fu Panda 2 promete envolver o público (Foto: Divulgação)

São Paulo – Desmentindo a norma de que sequências são menos criativas do que os originais, “Kung Fu Panda 2” não só amplia a animação pioneira de 2008 como injeta novidades e uma energia autêntica, que fortalece o projeto de um terceiro capítulo.

O filme chega ao circuito brasileiro em quase 700 cópias, sendo 540 dubladas e 152 legendadas. Quase metade do total, 328, são 3D.

Cumprida em 2008 a tarefa de apresentar Po, o original personagem do urso panda gorducho e estabanado que, contra toda a lógica, torna-se mestre do kung fu e Dragão Guerreiro, aqui a história explora os mistérios de seu passado. Até porque estava mesmo na hora de explicar de onde vinha o ursão, criado por um ganso cozinheiro, o Sr. Ping (voz de James Hong nas versões legendadas).

Com a voz de Jack Black nas versões legendadas e a de Lúcio Mauro Filho nas legendadas, Po vive uma fase tranquila. O Vale da Paz parece pouco ameaçado e ele dedica mais tempo a disputas gastronômicas – como quantos bolinhos é capaz de engolir em alguns minutos – do que aos treinos.

O sossego acaba quando desponta no horizonte um vilão novo e muito poderoso – o pavão branco, Lorde Shen (Gary Oldman na versão legendada). De origem nobre, ele foi banido pelos pais quando descobriram suas intenções bélicas. Desde então, dedicou-se a formar exércitos de lobos a seu serviço, juntar todo o metal possível e, principalmente, tentar impedir o cumprimento de uma profecia que determina que Shen será vencido por um ser branco e preto. Adivinhem quem.

No primeiro confronto entre Po e os lobos de Shen, um ideograma misterioso visto pelo urso na roupa de um deles desperta memórias há muito adormecidas de sua primeira infância – o que prejudica momentaneamente sua concentração para a luta. A solução, diz o mestre Shifu (Dustin Hoffman, na versão legendada), é buscar paz interior. Po vai demorar um pouco para descobrir como se faz isso.

Até chegar lá, o panda e seus inseparáveis amigos, os Cinco Furiosos – Tigresa (Angelina Jolie), Macaco (Jackie Chan), Louva-Deus (Seth Rogen), Víbora (Lucy Liu) e Garça (David Cross) – vão ter muito trabalho com Lorde Shen, que construiu uma série de temíveis canhões, com os quais planeja dominar a China e eliminar o kung fu e seus mestres.

Além do vilão, há novidades também no time dos mestres do kung fu, o trio formado por Crocodilo (Jean-Claude van Damme), Rino Trovão (Victor Garber) e Boi Toró (Dennis Haysbert).

O grande acerto neste segundo capítulo, dirigido por Jennifer Yuh Nelson, está na criatividade do roteiro, assinado novamente pelos autores do primeiro filme, Jonathan Aibel e Glenn Berger, agora coprodutores. Houve também contribuições de peso, como do diretor mexicano Guillermo del Toro (“O Labirinto do Fauno”), que aparece nos créditos como consultor criativo. Fora dos créditos, segundo a revista Variety, teria dado palpites também o roteirista e cineasta Charlie Kaufman (autor do roteiro de “Quero ser John Malkovich”).

O estúdio Dreamworks demonstra que está no páreo para disputar espaço com a Pixar com esta animação de visual extremamente sofisticado, seja em termos de colorido e textura dos personagens, seja em termos de coreografia das sequências de luta, todas bem movimentadas e originais.

Uma tendência que se apresenta neste segundo filme é o maior espaço dado à Tigresa. Além de representar um benvindo maior equilíbrio entre os sexos, a novidade também parece testar uma possível aproximação romântica entre Po e a Tigresa no terceiro filme da franquia que, pelo sucesso deste segundo, não deve demorar.

Veja o trailer do filme:


Fonte: Reuters

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