‘O Livro de Eli’ é aventura futurista com ritmo de ação

(Foto: Divulgação) São Paulo – Nove anos após o suspense “Do Inferno” (2001), os irmãos-diretores Allen e Albert Hughes voltam à cena, como a ficção “O Livro de Eli”, trazendo […]

(Foto: Divulgação)

São Paulo – Nove anos após o suspense “Do Inferno” (2001), os irmãos-diretores Allen e Albert Hughes voltam à cena, como a ficção “O Livro de Eli”, trazendo Denzel Washington (“O Sequestro do Metrô 123”) na pele de um heroi pós-apocalíptico. O filme entra em circuito nacional.

Ficção científica sombria, nos moldes de “Mad Max” (1979), com Mel Gibson, com um toque de saga de samurai, “O Livro de Eli”, ambienta-se num futuro não muito distante, num planeta destruído e vivendo o horror da fome e do caos do inverno nuclear.

Nesse contexto desesperador, o homem é lobo do homem, e mesmo um indivíduo ético como o heroi Eli (Denzel Washington) não pode se dar ao luxo de deixar de caçar um esquálido gato para a sua subsistência – uma sequência inicial gráfica e impressionante.

Eli anda sempre sozinho neste vale das sombras, em que observa à distância, procurando esconder-se, gangues de saqueadores e estupradores dizimando tudo à sua frente.

Tranquilo e infalível como Bruce Lee e também como o mais exímio dos samurais, ele sabe sacar uma estratégica lâmina no momento certo e usar sua habilidade em artes marciais.

A referência a Bruce Lee procede literalmente – Washington foi treinado para o filme por Jeff Amata, um discípulo de Danny Inosanto, que foi aluno do próprio Lee.

Sem disparar um único tiro, o andarilho solitário desembarca num povoado com toda a cara de cidadezinha do velho Oeste, onde motoqueiros bem armados substituem os caubóis. Eli procura ali mais do que o conserto da maquininha que é sua única distração, um surrado walkman, cuja sobrevivência depende agora dos dotes do sr. Fixit (o roqueiro Tom Waits, visto em “Sobre Café e Cigarros”).

A presença do estranho provoca alvoroço no líder do povoado, Carnegie (Gary Oldman, “Harry Potter e a Ordem do Fênix”). Chefão de um bando de gângsters, Carnegie, quem diria, cultua livros e está precisamente à procura de um – uma Bíblia do Rei James, a primeira tradução inglesa da Bíblia, de 1611. E também acredita que a preciosa edição possa estar na bagagem que Eli carrega com tanto cuidado.

A partir desse enfrentamento entre Eli e o bandido literato, duas mulheres passam a ter importância na trama – a esposa de Carnegie, Claudia (Jennifer Beals, “Flashdance”), e especialmente sua filha, Solara (Mila Kunis, da série “That 70s Show”) que, de um jeito ou de outro, vai colar em Eli e tornar-se uma parceira tão indesejada quanto providencial.

Nesta altura, o filme assume mais diretamente a sua vocação de aventura, com muita ação nas estradas poeirentas e uma parada estratégica na casa de dois simpáticos velhinhos, Martha (Frances de la Tour) e George (Michael Gambon).

Morando na única habitação de pé no meio do nada, o casal preserva alguns confortos da destruída civilização, como aparelhos de som e porcelana para o chá. Mas, para a saúde de Eli, Solara e sua missão, é bom ficar de olhos bem abertos para estes velhinhos. Eles não têm nada de inofensivos. E aí, também, os irmãos Hughes mostram um humor negro bem ao estilo de Quentin Tarantino.

Veja o trailer:

Fonte: Reuters

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

 

Leia também

Últimas notícias