Comédia francesa focaliza o universo adolescente atual

O filme atraiu mais de 4 milhões de espectadores na França, e mostra as novas tendências como o Facebook e o twitter

Cena do filme “Rindo à Toa” (Foto: Divulgação)

São Paulo – O mundo dos adolescentes, governado pela Internet, MSN, twitter, Facebook e outros recursos digitais, está no centro da comédia “Rindo à Toa”, que fez um enorme sucesso na França, atraindo um público de 4 milhões de espectadores. O filme entra em cartaz em São Paulo.

Lola (Christa Theret), 15 anos, prefere ser chamada por Lol – abreviatura de “laughing out loud”, ou seja, gargalhando, e que é muito usada nesse universo de comunicação virtual.

Muito graciosa e sexy, longe do estereótipo de beleza das patricinhas louras, Lol quer tudo o que qualquer adolescente quer – sair, namorar, ouvir rock, conversar, de preferência, tudo ao mesmo tempo.

Na volta às aulas, ela reencontra os amigos e o namorado, Arthur (Félix Moati). Logo de cara, um problema: ele confessou ter saído com outra nas férias, ela fez o mesmo. Ela compreendeu, ele não. Cena de ciúme e machismo, e Lol sofre. Pior que nem é verdade – ela não saiu com ninguém.

Mäel (Jérémy Kapone), o melhor amigo de Arthur, que é louco por Lol, aproxima-se dela. Com o tempo, ela também corresponde. A história caminha assim, seguindo os sentimentos extremados dos adolescentes, com os hormônios à flor da pele. Bom é que o filme da diretora e roteirista Lisa Azuelos não cai na armadilha do paternalismo – os adultos aqui também são contraditórios e impulsivos, quase tanto quanto os garotos.

A mãe de Lol, Anne (Sophie Marceau, de “A Chave do Mistério”), é um bom exemplo disso. Quarentona e supostamente madura, anda tendo um caso secreto com o ex-marido, Alain (Alexandre Astier), de quem se divorciou. Só não quer que os filhos saibam. A coisa se complica quando ela conhece um policial bonitão e fica tão indecisa quanto a filha, entre seus dois amores.

O tom geral é leve e há uma preocupação em mostrar esse universo sem conflitos muito profundos. Um deles opõe Mäel e seu pai rígido (Olivier Cruveiller), que não quer que o filho seja roqueiro, como sonha o garoto. Muito menos admite a idéia de pelo menos ir assisti-lo tocar. Com o tempo, tudo se ajeita.

As sequências mais divertidas são mesmo as de uma festa – em que a garotada põe a avó de Lol (Françoise Fabian, de “Amor em 5 Tempos”) para dormir, despejando soníferos no seu copo – e da viagem a Londres. Hospedados em casas de família, os meninos franceses tiram partido das diferenças culturais e dão um nó na cabeça de ingleses ultraformais.

Fonte: Reuters

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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