Roedores viram os novos super-heróis do cinema

A animação 'Força G' estreia nos cinemas brasileiros no dia 14 de agosto

Cena do novo filme de animação 3D da Disney “Força G” (Foto:divulgação)

Los Angeles- Desde porquinhos-da-índia que são agentes secretos até hamsters que fazem ritmo enquanto dirigem carros, roedores diversos vêm ocupando lugar de destaque como os novos super-heróis do cinema e da publicidade.

Do mesmo modo como o camundongo Mickey Mouse, de Walt Disney, mudou a imagem dos camundongos há mais de 80 anos, de pragas domésticas a bichinhos simpáticos, hoje são ratos, hamsters e porquinhos-da-índia que estão acabando com anos de desdém a papéis secundários ou alvos de repulsa.

O exemplo mais recente disso é o filme da Disney “Força G”, feito para o público familiar, que começa com três porquinhos-da-índia com óculos de visão noturna e bolas de ginástica motorizadas. O filme tomou Hollywood de assalto no fim de semana, derrubando o “Harry Potter” mais recente do primeiro lugar das bilheterias americanas, com uma estreia de 32 milhões de dólares.

Mas esse não é o único filme a ter conquistado fãs usando roedores peludinhos. Apesar de ser envolto numa bola de plástico, Rhino, o hamster maníaco, roubou a cena do adorável cachorrinho branco e do gato sapeca em “Bolt – Supercão”, enquanto em “Ratatouille” um rato fazia sucesso como chef num sofisticado restaurante francês.

“Os roedores parecem estar surgindo como tendência”, disse Colin Jeffery, diretor criativo da agência publicitária David&Goliath, de Los Angeles. “Isso pode ter algo a ver com os tempos que estamos vivendo. As pessoas não querem mais ser tão sérias, querem dar risada.”

A David&Goliath é responsável pelo anúncio do Kia Soul na TV que mostra hamsters animados munidos de iPods, dirigindo o carro novo. O anúncio virou sucesso no YouTube.

“Quisemos fazer algo completamente diferente. O público alvo é jovem, e o jeito óbvio, de usar temas de rua e grafitagem, nos pareceu muito desgastado”, disse Jeffery.
O diretor de “Força G”, Hoyt Yeatman, disse que o filme foi inspirado pelo afeto de seu filho de 5 anos por porquinhos-da-índia. “Ele colocou uma mochilinha e um minicapacete no porquinho-da-índia dele e inventou uma história em que o bichinho seria o salvador da pátria.”

Dale Taylor, vice-presidente da Associação Americana de Ratos e Camundongos Treinados, disse que os roedores estão em alta como bichos de estimação, e que sua imagem vem melhorando nos últimos dez anos.

“Ratos sentam no seu colo e deixam você coçar a cabeça, as orelhas e as barriguinhas deles. Eles nunca ficam de mau humor e sempre gostam de ficar em sua companhia. Depois de ter um ratinho de estimação, você ficará cativado para sempre.”

Fonte: Reuters