Épico indicado a Oscar retrata juventude de Genghis Khan
Filme foi indicado ao Oscar de filme estrangeiro em 2008
Publicado 23/07/2009 - 11h53
São Paulo – O mito antes do mito. Este é o foco de “O Guerreiro Genghis Khan”, o épico do diretor russo Sergei Bodrov (“O Prisioneiro das Montanhas”) que recria a biografia do famoso conquistador mongol (1162-1227), focalizando seu período de transformação no temido e implacável líder. A produção foi indicada ao Oscar de filme estrangeiro em 2008.
O roteiro, do próprio Bodrov e de Arif Aliyev (também parceiro em “O Prisioneiro das Montanhas”), segue o personagem desde a infância, quando ele ainda era conhecido por seu nome, Temudgin (Odnyam Odsuren).
É o ano de 1172 e o garoto tem nove anos. Filho de um chefe tribal (Ba Sen), o menino tem sua vida drasticamente mudada por uma tragédia – seu pai é envenenado por um clã rival e os próprios servidores voltam-se contra ele. Por pouco, Temudgin não é morto.O garoto torna-se fugitivo. Errando pelas estepes nevadas, é ajudado por outro menino, Jamukha (Amarbold Tuyshinbayar).
Começa aí uma amizade profunda, que leva os dois a tornarem-se irmãos de sangue. No futuro, essa amizade será desfeita, pois Temudgin (adulto, interpretado pelo ator japonês Tadanobu Asano, de “Zatoichi”) e Jamukha (agora, o ator chinês Honglei Sun, de “O Caminho para Casa”) se tornarão rivais de morte.
Outra figura essencial na vida de Temudgin é sua mulher, Borte (interpretada pela estreante mongol Khulan Chuluun). Escolhida ainda criança, como era o hábito da época, pelo próprio menino na fatídica viagem que culminou com a morte do pai dele, Borte será sempre uma companheira e conselheira disposta aos maiores sacrifícios para segui-lo – como ela demonstra ao ir ao seu encontro, quando Temudgin passa longo período preso no reino de Tangut. Uma prisão que foi resultado de um primeiro confronto como o ex-irmão de sangue, Jamukha.
Filmado em locações entre o Cazaquistão, a China e a Mongólia, o filme, que estreia em circuito nacional, exigiu uma logística notável. O motivo é que retrata inúmeras batalhas a cavalo, exigindo a participação de centenas de dublês e figurantes, sem contar pesados figurinos e armas de época.
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Fonte: Reuters.