São Paulo – Atual vice-campeã mundial, cinco vezes finalista e duas vezes vencedora, a Argentina corre sério risco de não passar da fase de grupos da Copa do Mundo, o que significaria sua pior campanha nesse torneio, igualando o que aconteceu em 2002. A potência esportiva sul-americana passou a flertar com o desastre depois da partida desta quinta-feira (21), quando foi derrotada por 3 a 0 pela Croácia, com todos os gols marcados na fase final – o primeiro com decisiva contribuição do guarda-metas Caballero.

Com o resultado, a Croácia já se classificou para as oitavas de final, com boa chance de ser a primeira colocada do Grupo D e enfrentar o segundo colocado do C. Amanhã (22), às 12h, Islândia e Nigéria completam a segunda rodada, e os argentinos têm como melhor cenário uma vitória africana, para então partir para o tudo ou nada. A terceira e decisiva rodada será na terça-feira (26), com ambos os jogos às 15h: Argentina x Nigéria e Croácia x Islândia.

A propósito, a Nigéria estava no grupo da Argentina em 2002. Ambos foram eliminados, com Suécia e Inglaterra seguindo adiante.

Foi um dia ruim para os sul-americanos. Pouco antes, com nova derrota, o Peru foi eliminado da competição. Cumprirá tabela também na terça, às 11h, fazendo a despedida contra a Austrália que ainda tem chance de classificação. O outro jogo trará o duelo europeu entre França, líder do Grupo C, e Dinamarca, vice.

A desolação de Diego Maradona nas cadeiras do estádio de Nizhny Novgorod foi o retrato do espírito argentino já nos minutos finais, quando os croatas ainda tiveram tempo de fazer o terceiro, tabelando como se não houve adversário pela frente. No primeiro tempo, a Argentina ainda teve alguma intensidade, mas depois de sofrer o primeiro gol, aos 8 minutos da etapa final, sentiu o golpe. O gol aconteceu depois que Caballero errou feio na saída com os pés e deixou a bola para Rebic marcar com um bonito voleio. Pouco depois, o craque do time, Modric, fez o segundo com um chute de fora da área. 

Messi teve atuação apagada. Neste domingo (24), ele completará 31 anos. Pode estar fazendo a sua última Copa. “Caballeros de la angustia”, estampou em manchete o jornal esportivo argentino Olé, lembrando que agora a seleção já não depende de suas próprias forças.