Paulistanos

Aos 467 anos, São Paulo reduz taxa de crescimento e envelhece

Ritmo de expansão populacional do município, que chegou a quase 6% ao ano na década de 1950, agora é inferior a 1%

Marcos Santos/USP Imagens
Marcos Santos/USP Imagens
Cidade concentra 26,6% da população estadual. Idade média subiu para quase 37 anos

São Paulo – Ao completar 467 anos, nesta segunda-feira (25), o município de São Paulo consolida algumas tendências, reduzindo de forma significativa a taxa de crescimento e com aumento da idade média da população. Com seus 11,9 milhões de moradores, a cidade concentra 26,6% da população estadual e 5,6% da brasileira, segundo a Fundação Seade.

“Tornou-se a maior cidade do Brasil em 1960, quando superou o Rio de Janeiro. Hoje, é mais populosa que Portugal e Grécia, semelhante à Bélgica e Bolívia e comparável aos estados do Paraná e Rio Grande do Sul”, aponta o Seade. A população aumentou 20 vezes em 100 anos, mas o ritmo mudou. Crescia 4% ao ano na década de 1920 e atingiu 5,6% nos anos 1950. Agora, essa taxa está em 0,5% ao ano.

Migração perdeu peso

A fundação observa que o chamado “saldo migratório”, a diferença entre imigrantes e emigrantes foi um fator importante de crescimento da população até a década de 1970. Desde então, a tendência se inverteu. Já o “saldo vegetativo” (nascimentos menos óbitos) continuou subindo. “Nasciam 19,7 mil bebês em 1920, o maior número de nascimentos ocorreu em 1982 (256,3 mil) e hoje se aproxima de 160 mil. Já o volume de óbitos foi crescente em todo período: de 10,6 mil chega a 78 mil por ano.”

Por sua vez, a idade média do paulistano atingiu agora 36,7 anos. Cem anos atrás, era de 24,6. Nesse período, a participação dos menores de 15 anos caiu quase pela metade (para 19% atualmente) e a dos maiores de 60 quadruplicou (para 16%). Ajudam a explicar essa mudança tanto a queda na taxa de natalidade (de 34 para 13 nascimentos por mil habitantes) como a redução da mortalidade, especialmente a infantil (de 176 para 11 óbitos de menores de 1 ano por mil nascidos vivos). A faixa que vai dos 15 aos 59 anos se alterou menos, de 60,5% para 65%.


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