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Projeção aponta tendência de envelhecimento da população paulista

Segundo dados da Fundação Seade, a idade média, que era de 30 anos em 2000, está em 36 agora e deverá chegar a 44 em 2050

USP Imagens
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Nas próximas três décadas, a faixa até 39 anos deverá cair 20%, enquanto o grupo de 40 a 59 anos crescerá 5%. Já os moradores de 60 a 79 serão quase o dobro

São Paulo – Projeção divulgada pela Fundação Seade, vinculada ao governo paulista, aponta crescimento menor do estado e tendência de envelhecimento da população. A idade média dos paulistas, que era de 30 anos em 2000, está em 36 agora e deverá chegar a 44 em 2050.

Segundo o Seade, durante a primeira metade do século o estado “passará por relevante mudança no padrão etário de sua população residente”. Pelas projeções da fundação, a queda no número de menores de 15 anos e o aumento dos maiores de 65 “farão com que o contingente desses dois grupos se iguale numericamente em 2034”. Os cálculos indicam ainda que “a população entre 15 e 64 anos atinge um platô aproximadamente agora em 2020, e deverá se estender até 2040”.

De acordo com o instituto, nas próximas três décadas (2020 a 2050) a população do estado deverá crescer apenas 6%. Passaria, assim, de 44,6 milhões para 47,2 milhões. E “com tendência de crescimento bem distinta segundo os grupos etários”.

Menos jovens, mais idosos

Nessa projeção, a faixa até 39 anos deverá cair 20%, enquanto o grupo de 40 a 59 anos crescerá 5%. Já os moradores de 60 a 79 serão quase o dobro, e o contingente de maiores de 80 anos vai triplicar. “Em 2020, o maior volume populacional é registrado entre 20 e 39 anos. Já de 2030 a 2050, o pico deverá ocorrer nas idades de 40 a 59 anos”, aponta o Seade.

Conforme a projeção, em 2050 “os mais velhos responderão pela parcela que os mais jovens detinham entre 2005 e 2010, ao passo que os mais jovens apresentarão a participação dos mais velhos esperada em 2030.

No recorte por gênero, existe mais equilíbrio numérico entre a população feminina e a masculina até a faixa de 59 anos. “Antes de 39 anos, o contingente masculino supera um pouco o feminino, enquanto no grupo de 40 a 59 anos a razão entre os sexos vai se aproximando de 100 e alcança a igualdade em 2050”. A partir dos 60, a população feminina é maior. E essa relação “fica ainda mais expressiva na parcela com 80 anos e mais”. Mas deverá cair nos próximos 30 anos. Hoje, as mulheres representam pouco mais da metade (51%) da população paulista.

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