Mobilidade Urbana

Faixas exclusivas de ônibus têm apoio de 93% da população paulistana

De acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Rede Nossa São Paulo, 61% dos que usam carro deixariam o veículo em casa se o transporte público melhorasse

©marco antonio ambrosio/frame/folohapress

Tarifa Zero é defendida por 34%, enquanto 7% defendem tarifa totalmente paga pelo usuário

São Paulo – O aumento das faixas exclusivas para ônibus em São Paulo tem o apoio de 93% da população da cidade, segundo a 7ª edição da Pesquisa de Mobilidade Urbana, encomendada pela Rede Nossa São Paulo e realizada pelo Ibope. A pesquisa ouviu 805 pessoas entre 20 e 27 de agosto.

O fortalecimento do transporte público como solução para a melhoria do trânsito aparece em outros itens, como o número de entrevistados que dizem que deixariam o carro em casa se o transporte público melhorasse. O índice alcançou 61% neste ano, um aumento em relação aos 44% verificados em 2012.

De acordo com a pesquisa, para 69%, o trânsito é ruim ou péssimo. Do total de entrevistados, 27% usam carro todos os dias, gastando duas horas e 15 minutos por dia no trânsito.

Tarifa zero e impostos

Defendido pela Frente Nacional de Prefeitos, o aumento de impostos sobre a gasolina – combustível utilizado por automóveis individuais – para financiar o transporte público divide as opiniões.

Entre os que usam carro, 53% são contrários à proposta, e 45%, favoráveis. Entre os que não usam carro, 53% defendem o aumento de impostos, enquanto 41% são contra.

A pesquisa também questionou a população sobre a Tarifa Zero, projeto defendido pelo Movimento Passe Livre nas manifestações de junho deste ano. A respeito da forma de financiamento do transporte, 56% defendem uma tarifa intermediária, em que metade dos custos é paga pelo usuário e metade pelo poder público. A tarifa zero, custeada integralmente pelo Estado, é defendida por 34%, enquanto 7% defendem tarifa totalmente paga pelo usuário.

A respeito da viabilidade da proposta, 46% acreditam que é possível implementar o Tarifa Zero e 21% acham que é inviável. Para 29%, ela deveria valer só para estudantes e desempregados.

Outras medidas para melhorar o trânsito foram defendidas pela população, como o pedágio urbano (27%), a ampliação do rodízio para dois dias (49%) e aplicação de multas para pedestres (54%).