Trabalhadores e prefeitura criam impasse sobre horário de ônibus em Florianópolis

Ataques a ônibus em Florianópolis e falta de garantias fazem trabalhadores interromper serviços (Marcelo Camargo/ABr) Brasília – A prefeitura de Florianópolis (SC) e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sintraturb) […]

Ataques a ônibus em Florianópolis e falta de garantias fazem trabalhadores interromper serviços (Marcelo Camargo/ABr)

Brasília – A prefeitura de Florianópolis (SC) e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sintraturb) tentam até o fim da tarde (15) chegar a um acordo sobre o horário de funcionamento dos ônibus na região metropolitana da capital catarinense. A prefeitura quer a circulação dos coletivos até as 23h, enquanto o sindicato insiste em manter a decisão tirada de assembleia da categoria na quinta-feira (14), de parar o serviço às 19h.

O prefeito Cesar Souza Júnior, disse que vai notificar judicialmente as empresas que descumprirem a determinação e classificou o movimento dos condutores e cobradores de “baderna”. “Se as empresas não obedecerem à determinação, a prefeitura pode entrar na Justiça para garantir o transporte da população.”

Assustados com a violência crescente na capital, os trabalhadores afirmam que acatarão a decisão da assembleia de parar às 19h. “A determinação é que trabalhemos apenas na luz do dia”, afirmou Deonísio Linder, presidente do Sintraturb. “O governo diz que vai garantir o transporte urbano na capital, mas não dá prazos nem diz como vai fazer”, completa.

Cesar afirmou que vai disponibilizar todos as 50 viaturas e o efetivo completo da Guarda Municipal local para fazer as escoltas dos ônibus. A medida, porém, é considerada insuficiente pelo sindicato. Segundo a assessoria de imprensa do governo catarinense, o restabelecimento dos serviços, conforme horário determinado pelas autoridades, será negociado até o fim da tarde.

“Se nos garantirem que não terá violência trabalharemos normalmente. Mas não adianta ir para o terminal com meia dúzia de viaturas. Se acontecer alguma coisa com alguém ou com algum trabalhador, iremos responsabilizar criminalmente o prefeito e o governo do estado”, respondeu o sindicalista.