Autor de vídeo de execução não é vítima de chacina em São Paulo, afirma secretaria

Sete pessoas foram mortas na madrugada do dia 5 em frente ao local onde homem foi executado por policiais em novembro. Vizinhos acreditam em represália

São Paulo – A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo nega que o autor de um vídeo mostrando policiais executando um homem em novembro do ano passado esteja entre as vítimas de uma chacina no Jardim Rosana, zona sul de São Paulo, na madrugada do último dia 5. Moradores temem represálias e mantêm o silêncio. 

Brunno de Cássio Cassiano Souza, de 17 anos, Carlos Alexandre Claudino da Silva, 27, Ricardo Genoino da Silva, 39, João Batista Pereira de Almeida, 34, Edilson Lima Pereira dos Santos, 27, Almando Salgado dos Santos Junior, 41, e  Laércio de Souza Grimas, 33, o DJ Lah, foram assassinados em bar em frente ao local da execução do servente Paulo Batista do Nascimento. 

Em novembro, policiais foram até a casa do servente com a justificativa de prendê-lo. Quando já estava rendido, foi alvejado por dois tiros disparados pelo soldado Marcelo de Oliveira Silva e um terceiro disparado por Jailson Pimentel de Almeida. Uma pessoa, cuja identidade nunca foi revelada, filmou a ação e o vídeo foi divulgado no programa Fantástico, da Rede Globo. A suspeita é que o crime do último fim de semana tenha ocorrido em represália ao vídeo feita por um dos moradores do bairro. 

Segundo a secretaria, seis pessoas foram ouvidas até o momento, entre elas duas vítimas das balas disparadas por homens encapuzados que chegaram ao local de carro. Não há informações oficiais precisas sobre o número de veículos e pessoas envolvidas na ação. Segundo o site SPressoSP, testemunhas do crime ouviram os autores dos disparos gritarem “polícia”. Até o momento, não há suspeitos identificados. 

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