Após série de ataques, Santa Catarina anuncia medidas contra a violência

São Paulo – O secretário da Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, anunciou na tarde de hoje (13) medidas para tentar conter uma onda de ataques ocorridos na […]

São Paulo – O secretário da Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, anunciou na tarde de hoje (13) medidas para tentar conter uma onda de ataques ocorridos na madrugada de segunda para terça-feira na região metropolitana de Florianópolis e Blumenau. 

Reforço no policiamento, ação conjunta de unidades especiais da Polícia Militar e Polícia Civil em áreas críticas e atuação reforçada da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) são algumas das “medidas de enfrentamento” aos ataques.

Dois ônibus foram incendiados no norte da capital catarinense, o carro particular de um policial militar morador de Canavieiras foi incendiado em local próximo e uma base da PM foi alvo de oito tiros em um posto policial em Palhoça, na Grande Florianópolis. O presídio Regional de Blumenau foi alvo de tiros e dois suspeitos foram presos. 

Na entrevista coletiva em que anunciou as medidas, o secretário afirmou que todas as hipóteses estão sendo investigadas. “Reconhecemos que pode haver ações típicas do crime organizado com origem dentro do sistema prisional. Mas sabemos que muitas dessas ações são praticadas por indivíduos e grupos que se aproveitam deste contexto para realizar seus objetivos e interesses”, disse Grubba. “Não falamos em sigla de facção criminosa, pois não queremos espetacularizar o crime”, explicou.

Segundo ele, o estado não irá solicitar auxílio do governo federal. O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), não se pronunciou.

“Capilarização”

A situação em Florianópolis e Blumenau é preocupante na medida em que não se sabe se há influência de grupos criminosos de outros estados. “O crime organizado não respeita fronteiras. Se estamos falando em crime organizado [em São Paulo], de uma facção criminosa, de que maneira se avalia como ela está se estruturando no pais inteiro, se é que já não tem certa capilaridade? Será que ela só está em São Paulo?”, questionou a socióloga Samira Bueno, secretária-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), ao analisar a crise da segurança em São Paulo na semana passada, falando à RBA.

 

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