Movimentos cobram resultados da CPI dos incêndios em favelas

Ato será ao meio-dia de amanhã (26) na frente da Câmara de SP, durante reunião da Comissão

São Paulo — Militantes de moradia e direitos humanos estão preparando um ato para esta quarta-feira (25), para pressionar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos incêndios em favelas a tomar providências efetivas quanto aos 68 incêndios que ocorreram este ano e os mais de 500 ocorridos desde 2005. A manifestação vai ocorrer a partir das 12h, na frente da Câmara dos Vereadores da capital, durante sessão da CPI.

Para Danilo Dara, do movimento Mães de Maio, é importante a união de movimentos populares com a população atingida pelos incêndios, para garantir que estas famílias não sejam abandonadas à própria sorte. “Já foram mais de 500 incêndios desde 2005, com um aumento alarmante de casos neste ano. Com esse ato queremos cobrar que sejam feitas as devidas investigações e que os parlamentares tomem providências, sobretudo analisando a relação entre áreas incendiadas, especulação imobiliária e projetos urbanos”, explica Dara.

A CPI dos incêndios em favelas foi instalada em maio e só realizou sua primeira reunião em 29 de agosto, quando foram nomeados o vice-presidente e o relator. Em todos os outros encontros, não houve sequer quorum. Depois disso, em sua segunda reunião de trabalho, no dia 12 de setembro, os parlamentares se limitaram a falar de prevenção e não aprofundaram a discussão sobre a possibilidade de incêndios criminosos. A reunião de amanhã será a terceira, em quatro meses de instalação da comissão.

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