Acidente em obra do Metrô mata dois operários na zona sul de São Paulo

Acidente ocorreu no canteiro das obras de extensão da linha 5-Lilás (Foto: Luiz Guarnieri/Folhapress) São Paulo – Dois operários morreram após acidente ocorrido por volta de 12h30 em obra de […]

Acidente ocorreu no canteiro das obras de extensão da linha 5-Lilás (Foto: Luiz Guarnieri/Folhapress)

São Paulo – Dois operários morreram após acidente ocorrido por volta de 12h30 em obra de extensão da linha 5-Lilás do Metrô (futura estação Eucaliptos), na altura do 1.500 da avenida Ibirapuera, zona sul da capital paulista. Pelo menos outras cinco pessoas ficaram feridas. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma grua se soltou do cabo de aço e caiu, matando na hora os trabalhadores, e abrindo uma cratera no chão.

A assessoria de imprensa do Metrô confirmou o acidente e as mortes de José Exerei Oliveira Silva, de 39 anos, e Antonio José Alves Ribeiro, de 31, e informou que abriu sindicância “para apurar as causas e responsabilidades do acidente”. Segundo a companhia, os dois operários são contratados pelo Consórcio Heleno Fonseca/Triunfo-Iesa. A nova linha vai ligar o bairro de Santo Amaro à Chácara Klabin, e tem previsão de ficar pronta em 2015.

Também por meio de nota, o consórcio informou que “as prováveis causas do acidente estão sendo apuradas pela perícia técnica”.

Segundo vendedores ambulantes do entorno da obra, a máquina que quebrou aparentava estar muito velha.

Nos últimos anos, acidentes fatais em obras do Metrô ocuparam o noticiário. Em outubro de 2006, um operário morreu soterrado na estação Oscar Freire. O de maior vulto aconteceu em janeiro de 2007, na estação Pinheiros, com abertura de uma cratera e sete pessoas mortas. Em fevereiro do ano passado, um engenheiro morreu eletrocutado na estação Fradique Coutinho. Todas pertencem à Linha 4-Amarela.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o diretor do Sindicato dos Metroviários de São Paulo Narciso Fernandes Soares também falou da gravidade dos acidentes nas obras do Metrô, que são constantes. Segundo ele, a empresa tem mantido as sindicâncias sob sigilo e impedido o acompanhamento de representantes dos trabalhadores nas investigações. As licitações para as obras não são claras. O sindicalista falou ainda sobre as condições precárias de trabalho nas construções e na manutenção dos trens.

 

 

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