MP pede investigação de novas áreas suspeitas de conter gás metano na zona norte de São Paulo

Áreas da rodoviária do Tietê, Deic e Novotel também serão investigadas por suspeita de gás metano no subsolo

Inaugurado a quase 30 anos, o Terminal Rodoviário do Tietê tem um movimento diário de 66.000 pessoas (Foto: Thomas Hobbs/ Wikipedia.org)

São Paulo – A Prefeitura da capital paulista e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) terão de relatar ao Ministério Público Estadual (MPE) as áreas às margens do rio Tietê  construídas sobre lixões e investigar a presença de gás metano no subsolo delas. O pedido foi feito pelo MPE na terça-feira (11), após audiência que resultou na suspensão da retirada de moradores do conjunto habitacional Cingapura, na avenida Zaki Narchi, zona norte da cidade.

No final de setembro, o shopping Center Norte foi interditado pela administração municipal durante dois dias devido ao risco de explosão por vazamento de gás metano e liberado após a instalação de drenos. Na segunda-feira (10), a Justiça determinou a interdição do condomínio habitacional Cingapura, mas recuou depois de reunir-se com a Cetesb e a Prefeitura, que garantiram que novas medições não demonstraram presença de metano, nem risco de explosão no local.

Entre as áreas que serão estudadas estão o hotel Novotel, o prédio do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) e o Terminal Rodoviário do Tietê. Entretanto, a área que pode conter gás metano no subsolo pode ser ainda maior. Levantamento da Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente da Câmara Municipal indicou que os terrenos do estádio do Canindé, do Parque do Trote, do Expo Center Norte e do Shopping D também podem ter sofrido contaminação.

Segundo informações de O Estado de S. Paulo, as investigações no Novotel ficarão a cargo dos donos do empreendimento. Nas demais áreas, a prefeitura ficará responsável por executar um estudo prévio. A Cetesb fará a análise de gás metano nos locais, a partir dos dados levantados pela Prefeitura.

De acordo com nota do MPE, o terreno do Instituto de Previdência Municipal de São Paulo (Iprem) e a Guarda Civil Metropolitana também são áreas passíveis de terem sofrido contaminação.