Para defensor de direitos humanos, repressão de seguranças do Metrô de São Paulo a manifestantes foi indevida

São Paulo – A ação de agentes de segurança da estação Anhangabaú do Metrô de São Paulo foi indevida, segundo o vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Marcelo Zelic. Na […]

São Paulo – A ação de agentes de segurança da estação Anhangabaú do Metrô de São Paulo foi indevida, segundo o vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Marcelo Zelic. Na noite desta quinta-feira (17), ele acompanhou o protesto contra o preço do transporte coletivo, que terminou em confronto com os funcionários da estação.

Zelic considera que os agentes do Metrô deveriam ter deixado os manifestantes pularem as catracas para evitar problemas. Segundo o integrante da ONG, que defende os direitos humanos, a conduta mais adequada seria agir como fez a Polícia Militar durante todo o ato, ao buscar o diálogo durante todo o protesto. “Dialogando conseguimos desarmar determinadas armadilhas que podem atentar contra a cidadania”, ponderou.

Os manifestantes concentraram-se às 17h em frente ao Teatro Municipal. Depois, foram até a sede da prefeitura, onde queimaram uma faixa e atiraram ovos e balões com tinta contra o prédio. Eles queriam ser atendidos pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), mas foram ignorados. A seguir, rumaram para o Terminal Praça da Bandeira e para a avenida Nove de Julho, paralisando a ambos. O confronto na estação da linha 3-Vermelha do Metrô ocorreu depois que a maior parte dos ativistas tinha ido embora.

Zelic acusa ainda os seguranças de terem agido desproporcionalmente. Como exemplo, cita o caso de um rapaz que foi agredido e desmaiou no local. “Na pior das hipóteses, se fosse necessário dispersar os manifestantes, que se fizesse (isso) e fechassem logo o portão de entrada. Mas eles vieram até o lado de fora (agredir manifestantes) sem necessidade”, critica.

Segundo o Movimento do Passe Livre, o jovem agredido foi atendido na Santa Casa de Misericórdia, na região central. Outros manifestantes também foram para o hospital com escoriações e feridas causadas por estilhaços da bomba.