PT pede a Alckmin apuração de abuso policial contra manifestantes em SP

(Foto: Keiny Andrade/Folhapress) São Paulo – A bancada de deputados do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) quer que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) apure atos de violência […]

(Foto: Keiny Andrade/Folhapress)

São Paulo – A bancada de deputados do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) quer que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) apure atos de violência policial contra vereadores e estudantes na capital paulista, na quinta-feira (17). Militantes do Movimento Passe Livre (MPL) protestavam contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo quando os gradis em frente à Prefeitura caíram. Vereadores do PT tentaram evitar confronto entre policiais e estudantes e foram agredidos com cassetetes e atingidos por gás pimenta.

O líder da bancada do PT na Alesp, deputado Antonio Mentor, encaminhou na sexta-feira (18), um ofício a Alckmin pedindo instauração de procedimentos administrativos e criminais para a apuração de quem deu a ordem para os policiais agirem contra os manifestantes. O parlamentar também pede a identificação dos policiais agressores. No documento, Mentor classifica a ação policial de “injustificado e violento ataque”.

 

“É inadmissível que, numa sociedade regida pelo Estado de direito, a Polícia Militar reprima com essa truculência manifestações pacíficas”, afirma o parlamentar no ofício.

Mentor critica o episódio de violência na capital paulista e aponta que o governador não pode admitir que policiais “ao invés de garantirem a segurança do povo, contra ele invistam, colocando em risco a integridade física de todos”, expressa.

Para os vereadores paulistanos Juliana Cardoso, José Américo e Antonio Donato, do PT,  a ação foi “absurda, arbitrária e covarde”. Os parlamentares foram atingidos enquanto tentavam dialogar com o comandante da PM e evitar um confronto entre estudantes e policiais. José Américo quebrou o dedo e estudantes saíram feridos.

Na quinta, os estudantes foram às ruas pela sexta semana consecutiva para protestar contra o aumento das tarifas de ônibus de São Paulo e chegaram a ficar acorrentados às catracas internas da prefeitura de São Paulo. Em 5 de janeiro, a passagem subiu para R$ 3, uma alta de 11,11%.