Ministério da Saúde envia à região serrana folhetos com informações sobre doenças infecciosas

Mais de 7 toneladas de medicamentos foram enviadas à região; doações de sangue batem recorde no Rio

Ministério da Saúde enviou ao Rio mais de 7 toneladas de medicamentos e insumos para o auxílio às vítimas das chuvas (Foto: Elza Fiuza/Abr)

São Paulo – O Ministério da Saúde começou a distribuir nesta sexta-feira (14), na região serrana do Rio de Janeiro, 5 mil folhetos com informações e orientações práticas sobre a prevenção de doenças infecciosas que podem ser contraídas após as enchentes, como leptospirose e tétano. O material foi entregue à Secretaria de Saúde, que será responsável pelo repasse dos folhetos na região.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o material traz orientações diversificadas, incluindo reparação emocional e cuidados com animais peçonhentos que, em situações como essa, também saem de seus locais habituais e chegam mais perto das pessoas.

“Nossas equipes estão lá não só para prestar socorro, mas também para mobilizar agentes comunitários de saúde para dar essa orientação”, disse Padilha, ao comparecer, nesta manhã, à sede do Hemorio para doar sangue às vítimas das chuvas no estado.

O ministro também informou que cerca de 300 profissionais de saúde da rede hospitalar federal no Rio, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, foram mobilizados e estão de prontidão para reforçar o atendimento às vítimas das chuvas nas seis unidades federais do Rio. Além disso, 50 voluntários, entre profissionais da rede treinados para atuar em situações de tragédia, foram deslocados para os municípios atingidos pelas enchentes.

Para reforçar a equipe que presta os serviços na região, o Ministério da Saúde está cadastrando voluntários por meio de um link no site da pasta na internet.

De acordo com Padilha, a estrutura dos hospitais na capital também está sendo colocada à disposição, incluindo as salas de cirurgias ortopédicas, onde podem ser realizadas até 25 operações por dia.

Na quinta-feira (13), o ministério enviou ao Rio de Janeiro mais de 7 toneladas de medicamentos e insumos para o auxílio às vítimas das chuvas. São 30 kits, suficientes para atender 45 mil pessoas por um período de um mês. Eles são compostos por antibióticos, anti-inflamatórios, antiparasitários, analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos, ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras, cateteres e seringas.

Padilha informou que o Ministério da Saúde repassará R$ 8,7 milhões para custear a expansão da assistência hospitalar e os hospitais de campanha na região.

Doações de sangue 

Mobilizadas para ajudar as vítimas das chuvas que atingiram municípios da região serrana do Rio, 1.052 pessoas compareceram somente na quinta-feira (13) à sede do Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), entre as quais 790 estavam aptas para a doação. De acordo com a diretora da unidade, Clarice Lobo, o volume foi recorde, superando as 500 doações registradas em um dia durante a mobilização pelo surto de dengue no Rio, em 2008. A média diária é de 300 doações ao longo do ano.

“Em 66 anos de existência do Hemorio, nunca tivemos um comparecimento tão elevado, com tantas doações. A população está bastante mobilizada e estamos sentindo o abraço do carioca neste momento de luto e de dor, mas também de vitória pelas vidas que estão sendo salvas”, afirmou.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse ter ficado satisfeito com a demonstração de solidariedade da população e fez um apelo para que as doações continuem após o período crítico. “Fiquei feliz em ver a disposição e a solidariedade que são características do povo brasileiro. A minha vinda aqui é para reforçar esse gesto de solidariedade, para mostrar que não dói, que ninguém passa mal. É importante que a população faça isso periodicamente, independentemente de tragédias”, disse.

 

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