Beltrame comemora ocupação de favelas no RJ e promete mais ações nesta 6ª

Polícia Federal deve auxiliar novas operações. Nesta quinta, ação contou com blindados da Marinha

São Paulo – Em entrevista coletiva no início da noite desta quinta-feira (25), o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, comemorou a ocupação da Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele promete novas operações nesta sexta-feira (26), agora com apoio da Polícia Federal. Nesta quinta, seis tanques blindados cedidos pela Marinha foram empregados.

“A polícia está lá e não vai sair de lá”, avisou. “Amanhã teremos outras ações estratégicas que não posso revelar o que vai ser feito daqui pra frente para não colocar em risco os policiais. Os trabalhos de repressões precisam ser feitos, precisamos ir atrás das pessoas que fazem isso (incendeiam veículos)”, disse.

Beltrame agradeceu aos jornalistas porque “produziram imagens, graças a Deus”. O secretário celebrou ainda as quedas de índices de criminalidade no Rio de Janeiro que, segundo ele, são reduzidos há 15 meses.

O empréstimo dos veículos blindados também representaram motivo de gratidão do secretário. “A Marinha tomou uma decisão histórica. É algo inédito no sentido de nos apoiar com rádio de comunicação, com viatura, com blindados, com ônibus para o transporte de tropa”, explicou.

Ainda na entrevista, ele declarou que onze presos em ações criminosas serão transferidos para presídios de segurança máxima fora do estado do estado. A medida vem sendo adotada para reduzir a capacidade de organização de criminosos, que permanecem ativos mesmo depois de presos.

Segundo a Secretaria de Segurança, a polícia deu por controlada a favela Vila Cruzeiro às 17h desta quinta. Durante a operação de quatro horas de duração com a participação de 500 agentes, muitos homens – suspeitos de ligação com o narcotráfico – foram filmados por helicópteros de redes de TV fugindo para o Complexo do Alemão.

Desde domingo, 55 veículos foram incendiados e arrastões, com 121 pessoas presas pela polícia no Rio. Há registros de 30 mortos. Tanto o governador Sérgio Cabral como o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, sustentam que as ações são ataques coordenados do crime organizado, em reação à política de segurança adotada pela gestão. A principal frente são as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), aliadas ao deslocamento de apenados de presídios do Rio de Janeiro para outros estados.

 

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