Lixo, água empoçada e falta de segurança nos arredores da estação Brás do metrô, na zona leste da capital paulista, preocupam a população do bairro e trabalhadores que passam pelo local. “Essa água parada há tanto tempo pode ser foco de dengue”, aponta Wilkor Ribeiro de Almeida, que trabalha nas imediações e passa pelo local diariamente.

A prefeitura construiu um parque na lateral da estação, instalou grades e calçamento novo, mas a área que ficou do lado de fora do parque é alvo de críticas. “Eu tenho medo (de possíveis atos violentos), passo correndo por aqui”, afirma Daniele Baldávia. “O cheiro de urina é absurdo, tem água empoçada. Começaram a obra, pararam e isso ficou largado”, denuncia a trabalhadora.

De acordo com a moradora da região Márcia Sakurata, a supervisão do metrô Brás foi procurada para pedir providências em novembro de 2009, mas até agora não houve nenhum atendimento às reivindicações.

“Tivemos a informação de que essa área seria do parque (municipal), depois mudaram de ideia, voltou para a administração do Metrô e agora precisam refazer o calçamento”, relata a moradora. “A obra está parada e o local enche de água há vários meses”, explica.

Almeida também reclama da falta de segurança. “Passar aqui pela manhã é perigoso”, denuncia, contando que muitos furtos são cometidos no local.

Outro lado

Em resposta aos questionamentos da Rede Brasil Atual, a Assessoria de Imprensa do Metrô informa que “mantém em todas as suas estações – assim como ocorre em Brás – critérios rigorosos de manutenção, conservação e limpeza. Nossa responsabilidade, no entanto, não abrange as áreas externas e de entorno dos acessos, que pertencem à municipalidade”.

Segundo o Metrô, a limpeza do entorno da estação Brás ocorre diariamente. “A Subprefeitura é acionada e realiza, sistematicamente, a retirada de lixo na área do Parque Municipal Benemérito”.

Já em relação às denúncias de trabalhadores que passam pelas imediações do metrô Brás de precariedade na segurança, a empresa rebate a crítica. “Na área demarcada pela faixa branca – que limita a atuação da Companhia do Metropolitano – temos reforçado nossa ação durante toda a  operação comercial. Agentes de segurança realizam rondas constantes. Além disso, na área do Terminal  de Ônibus Urbano, vigilantes permanecem 24 horas monitorando o local, principalmente, para coibir a presença de ambulantes e pedintes”, conclui em nota.