Operação da Polícia Civil do Rio ataca estrutura financeira do tráfico

Rio de Janeiro – Uma operação da Polícia Civil, realizada na manhã desta sexta-feira (30), no Morro do Borel, zona norte do Rio, terminou com dez pessoas presas, três carros […]

Rio de Janeiro – Uma operação da Polícia Civil, realizada na manhã desta sexta-feira (30), no Morro do Borel, zona norte do Rio, terminou com dez pessoas presas, três carros apreendidos e um imóvel confiscado.

Entre os presos estão a irmã, a mulher e a cunhada do traficante Isaías Costa Rodrigues, o Isaías do Borel, preso desde 2007 no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.

A operação, batizada de Família S.A., contou com cerca de 200 policiais civis de 20 delegacias do município, e com o auxílio de dois helicópteros. O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, explicou que a operação representa uma quebra de paradigma na forma como a polícia combate o tráfico de drogas.

“A operação começou em fevereiro de 2008 e ataca a estrutura financeira de lideranças dentro da facção Comando Vermelho. E é uma das muitas ações que já estão em andamento. Não é uma investigação fácil, mas entendo que é esse tipo de medida, quebrando as pernas financeiras do tráfico, que vai mudar a nossa realidade aqui no Rio de Janeiro”, disse o secretário.

O apartamento confiscado na Rua Conde de Bonfim, próximo ao Borel, foi comprado por R$ 150 mil em nome da irmã de Isaías. Ela é mãe de outro traficante, conhecido como William Robocop, que está num presídio estadual, em Bangu, zona oeste do Rio, e deve ser transferido para uma unidade federal, segundo Beltrame, graças aos resultados da operação.

Dentro do imóvel foram apreendidos computador e notebook, que, segundo o delegado da 19ª Delegacia de Polícia (Tijuca), Luiz Cláudio Cruz, contêm dados importantes para as investigações sobre lavagem de dinheiro do tráfico na região da Tijuca.

Isaías do Borel seria beneficiado pela progressão de regime, mas teve novo mandado de prisão preventiva expedido, depois que polícia comprovou, com a Operação Família S.A., que ele continua articulando esquema de lavagem de dinheiro de dentro da cadeia, por meio de ordens aos familiares durante as visitas na prisão.

Fonte: Agência Brasil

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