Nesta terça

Em Santo Amaro, na Bahia, Lula relança Minha Casa Minha Vida

Segundo o governo, programa é símbolo da retomada de um governo popular, cujos projetos sociais foram destruídos ou sucateados por quatro anos de Jair Bolsonaro

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
O ex-governador da Bahia Rui Costa é titular da Casa Civil, pasta de grande importância política

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca em Salvador, nesta terça-feira (14), de onde viaja para Santo Amaro, no Recôncavo. Na cidade da família de Caetano Veloso, Lula relança o “novo” Minha Casa Minha Vida, como o governo se refere ao programa. A entrega de empreendimentos será na cidade baiana, mas simultaneamente a cerimônia vale para outros municípios.

“Uma coisa importante é que a solenidade de relançamento do Minha Casa, Minha Vida ocorre aqui na Bahia, mas, no mesmo momento, estaremos entregando o total de 2.745 moradias não só na Bahia, mas também em João Pessoa, na Paraíba; Contagem, em Minas Gerais; e Aparecida de Goiânia, em Goiás”, disse Lula em entrevista ao jornal A Tarde.  

Em Santo Amaro, o presidente fará a entrega de 684 unidades em dois conjuntos habitacionais (Vida Nova Santo Amaro 1 e Residencial Vida Nova Sacramento). Segundo Lula, serão retomadas obras de 5.562 moradias em Alagoas, no Maranhão, em Minas Gerais e no Pará. “O caso específico das moradias de Santo Amaro ganha simbolismo maior porque os imóveis estavam praticamente prontos no final do governo da presidenta Dilma, mas não foram concluídos”, explicou.  

A retomada do Minha Casa Minha Vida tem importância simbólica para Lula e seu governo, já que o programa é uma referência de seus dois primeiros mandatos e também da gestão de Dilma Rousseff. Além disso, é apresentado como símbolo da reconstrução do país, cujos programas sociais foram destruídos ou sucateados por quatro anos de Jair Bolsonaro.

Faixa 1 reformulada

Na nova versão, a Faixa 1 é reformulada e passa a atender famílias com renda bruta de até R$ 2.640. O bolsonarismo excluiu a população com essa faixa de renda. Até 50% das unidades financiadas e subsidiadas devem ser destinadas a esse público, de acordo com a ideia do governo. Antigamente, a Faixa 1 atendia famílias com renda de até R$ 1.800 mensais.

Segundo a Presidência da República, o programa é “um importante instrumento não só para reduzir o déficit habitacional brasileiro, principalmente nas faixas de menor renda, mas também contribui para o crescimento da economia e é fundamental para a geração de empregos”.

Baianos no governo

O relançamento da política pública ocorre no estado em que Lula teve vitória esmagadora contra Bolsonaro – 72,12% dos votos válidos, contra 27,88% de Bolsonaro. Os baianos têm presença importante na Esplanada dos Ministérios. O ex-governador Rui Costa é titular da Casa Civil, pasta de relevâncias política para o Planalto.

Além dele, Margareth Menezes, ministra da Cultura, e João Jorge Rodrigues, presidente da Fundação Palmares, representam o estado da Bahia na gestão federal. Os nomes são importantes sinalizações de retomada do olhar do governo para a cultura negra, atacada sistematicamente por Bolsonaro e seus apoiadores, dentro e fora do seu governo. Rodrigues foi diretor da Fundação Gregório de Matos, órgão cultural da prefeitura de Salvador. Por sua vez, o senador Jaques Wagner é o líder do governo naquela Casa.

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