No campo

Com recursos de processo, oito times de jovens indígenas vão disputar torneio de futebol em Campo Grande

Competição envolverá 160 jovens de 16 a 20 anos, de três etnias, em Mato Grosso do Sul

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Estádio de Campo Grande que vai receber os jogos: inclusão pelo esporte

São Paulo – No próximo fim de semana, 160 rapazes de 16 a 20 anos, reunidos em oito times, participarão do 1º Torneio de Futebol dos Jovens das Comunidades Indígenas, em Mato Grosso do Sul. Os recursos foram obtidos por meio de um termo de ajuste de conduta (TAC), em iniciativa que envolve o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT24).

Segundo o Ministério Público, foram destinados aproximadamente R$ 28 mil para o torneio. Esse valor serviu para comprar redes, uniformes e bolas, de treinamento e oficiais. A iniciativa faz parte do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem, desenvolvido pelo TRT. E os recursos vieram da execução de um TAC pelo procurador do Trabalho Jeferson Pereira.

Os detalhes do torneio foram discutidos durante o lançamento oficial, há uma semana. Os jogos serão disputados no estádio Jacques da Luz, no bairro Moreninha II, em Campo Grande, com entrada gratuita. O local já foi usado para o campeonato estadual de futebol profissional. Foram convidados dos municípios de Campo Grande, Caarapó, Dourados, Amambai, Miranda, Aquidauana/Taunay e Sidrolândia/Dois Irmãos do Buriti. Para participar, é preciso estar matriculado e ter bom desempenho escolar.

Times de Miranda e Aquidauana recebem bolas e uniformes: formação humana (Foto: TRT24)

Formação humana

“É um alento saber que os povos originários do nosso estado terão a oportunidade de ser atletas, o que faz toda a diferença na formação humana e profissional dos jovens”, afirmou a procuradora-chefe do MPT-MS, Cândice Gabriela Arosio.”O esporte faz com que as pessoas se posicionem melhor perante as dificuldades da vida e tenham um maior poder de resiliência. E são estas as pessoas que estamos preparando para, futuramente, movimentarem e contribuírem com a economia local”, acrescentou Cândice, também vice coordenadora regional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente da instituição.

Assim, a competição de futebol envolverá três etnias indígenas. Estão previstos jogos eliminatórios em quatro horários no sábado, com as semifinais e final disputadas no dia seguinte.


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