Justiça

Condenado pela chacina de Unaí, ex-prefeito terá novo julgamento

Auditores-fiscais fazem campanha pela condenação de Antério Mânica, apontado como mandante do crime, ocorrido em 2014

Cristiano Eduardo/Sinait
Cristiano Eduardo/Sinait
Sede do TRF em Belo Horizonte é um dos locais de manifestações de auditores-fiscais e vítimas da chacina, que pedem fim da impunidade

São Paulo – Sete anos depois, Antério Mânica irá novamente a julgamento pelo crime conhecido como chacina de Unaí, ocorrido há 18 anos, em janeiro de 2004. Três auditores-fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho foram assassinados a tiros durante um trabalho de inspeção na zona rural daquela cidade do sudeste de Minas Gerais, da qual Mânica era prefeito.

Em novembro de 2015, ele foi condenado a 100 anos de prisão, apontado como mandante do crime. Mas não chegou a cumprir pena, respondendo em liberdade. Três anos depois, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, anulou a condenação. Por 2 votos a 1, os desembargadores consideraram, como pedia a defesa, que as provas eram “insuficientes”. Outros foram condenados como mandante ou intermediário, mas os únicos efetivamente presos foram os apontados no processo como executores.

Agora que novo julgamento se aproxima, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait) faz campanha pela condenação do ex-prefeito, que governou a cidade por dois mandatos, ambos pelo PSDB. A entidade vai espalhar 20 placas de outdoor e seis painéis de LED na capital mineira. Além isso, haverá spots de rádio em duas emissoras e Front TV, sistema instalado em ônibus de Belo Horizonte – serão 500 veículos. Em todos os meios, denunciando os 18 anos de impunidade pela chacina de Unaí.


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