MST

Acampamento Marielle Vive celebra resistência e lembra Eldorado dos Carajás

Jornada celebra quatro anos de resistência por reforma agrária popular e pede o fim de violência

Fotos: Douglas Mansur
Fotos: Douglas Mansur
Performance durante o 16º Acampamento da Juventude Sem Terra Oziel Alves Pereira, em Eldorado dos Carajás

São Paulo – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Estado de São Paulo realiza na tarde deste sábado (16) ato político em solidariedade ao Acampamento Marielle Vive. A atividade integra a “Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária: por Terra, Teto e Pão!”, marcada por manifestações em várias regiões do país. E lembra os quatro anos do acampamento, em Valinhos (SP). As famílias celebram ainda a resistência da ocupação, que sofreu dois ataques a tiros no último domingo (10). O atentado deixou em alerta as 450 famílias que moram e trabalham no local. Dessa forma, o ato também denuncia a violência no campo.

O encontro também presta homenagens em memória dos 21 trabalhadores rurais mortos pela Polícia Militar do Pará no massacre de Eldorado dos Carajás (PA), que completa 26 anos em 17 de abril, mas que continua impune.

Seu Luís vive

Além dos mártires de Carajás, será homenageado também Luís Ferreira Costa, militante do Acampamento Marielle Vive. Seu Luís foi morto, atropelado, durante uma manifestação em 2019 que reivindicava o abastecimento de água, negado pela prefeitura. O motorista do veículo, Leo Luiz Ribeiro, réu confesso condenado a 20 anos por crime triplamente qualificado, cumpre pena em liberdade.

“O ato exige que os responsáveis pelo assassinato de seu Luis, por esses e outros ataques sejam punidos perante a lei. Desde Eldorado dos Carajás a gente não tem ainda a punição dos responsáveis pelo massacre. Isso vai acontecer também com o seu Luis, e com os que estão atirando em frente ao acampamento pra machucar as pessoas”, diz Tassi Barreto, da direção estadual do MST.