Quem mandou matar?

Perto do quarto aniversário do crime, caso Marielle chega ao quinto delegado no Rio

Instituto que leva o nome da vereadora assassinada em março de 2018 diz ver com preocupação “mais uma troca” de responsáveis pela investigação

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Dois policiais foram presos, mas até hoje não se sabe quem é o mandante

São Paulo – A pouco mais de um mês de se completarem quatro anos da morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, a investigação do caso muda novamente de mãos. Nesta semana, a Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou o nome de outro delegado responsável, o quinto, Alexandre Hardy. Titular da 10ª DP (Botafogo, na zona sul), ele vai substituir Edson Henrique Damasceno como titular da Delegacia de Homicídios da capital.

“O Comitê Justiça Por Marielle vê com preocupação mais uma troca na investigação do caso, continuaremos acompanhando e pressionando por justiça e responsabilização dos culpados”, afirmou, em rede social, o Instituto Marielle Franco. A entidade lembra ainda que, nos últimos dias, houve uma terceira ameaça de morte contra a vereadora trans Benny Briolly, de Niterói. “Dessa vez, o e-mail além das ameaça à Benny cita o assassinato da Marielle Franco, que segue sem respostas”, alerta o instituto.

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Marielle e Anderson foram executados na noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, região central do Rio, após participação em um evento. Um ano depois, a polícia prendeu o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio de Queiroz, que seriam os autores do crime. Eles estão presos, aguardando júri popular. Mas ainda não se sabe quem mandou matar a vereadora.

O Instituto Marielle Franco também se manifestou sobre a morte do congolês Moïse Kabagambe, em 24 de janeiro. “Esse ato brutal não manifesta somente racismo estrutural da sociedade brasileira, mas também a XENOFOBIA em sua pior forma”, afirma, cobrando justiça.


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